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Cirene ou Cirena (em grego Κυρήνη, Kurene) foi um antiga colónia grega na atual Líbia, a mais antiga e mais importante das cinco cidades gregas da região. A cidade deu o nome à região oriental da Líbia, 'Cirenaica'; ela está situada em um vale fértil nas terras altas de Jebel Akhdar. Batizada em homenagem a uma fonte, Kyre, que os gregos consagraram a Apolo, a cidade foi, no século III a.C., sede de uma famosa escola de filosofia fundada por Aristipo de Cirene, discípulo de Sócrates.
História:
Período grego
Cirene foi fundada em 630 a.C. como uma colônia dos gregos da ilha de Tira (atual Santorini) liderados pelo rei Bato, a dez milhas do seu porto, Apolônia (Marsa Sousa). Os detalhes sobre a fundação da cidade estão no Livro IV das Histórias de Heródoto. Em pouco tempo se tornou a principal cidade da Antiga Líbia e estabeleceu relações comerciais com todas as cidades gregas, atingindo o auge de sua prosperidade sob seus próprios reis no século V a.C.. Logo depois de 460 a.C. tornou-se uma república, e depois da morte de Alexandre, o Grande (323 a.C.), quando passou para a dependência dos lágidas.
Ofelas, o general que ocupou a cidade em nome de Ptolemeu I Sóter, governou-a de forma quase independente até à sua morte, quando o genro de Ptolemeu, Magas, recebeu o governo do território. Em 276 a.C. Magas se corou rei e declarou independência, casando-se com a filha do rei selêucida e formando com ele uma aliança para invadir o Egipto. A invasão foi mal-sucedida e, em 250 a.C., após a morte de Magas, a cidade foi reintegrada ao Egipto Ptolemaico. A Cirenaica tornou-se parte do império Ptolemaico, controlado a partir de Alexandria, e passou para o domínio romano em 96 a. C. quando Ptolemeu Ápion legou a Cirenaica a Roma. Em 74 a.C. o território foi formalmente transformado em província romana.
Período romano
Os habitantes de Cirene na época de Sula (cerca de 85 a.C.) estavam divididos em quatro classes: cidadãos, fazendeiros, estrangeiros residentes e judeus, que formavam uma inquieta minoria. Ptolemeu Ápion, antigo governante da cidade, a legara aos romanos, mas ela manteve sua autonomia. A Cirenaica tornou-se uma província romana dez anos mais tarde; e se sob os Ptolemeus a população judaica da cidade gozava de direitos iguais aos do resto da população, agora ela se encontrava cada vez mais oprimida pela população grega. As tensões chegaram em seu ponto máximo com as insurreições dos judeus durante os períodos de Vespasiano (73 d.C.) e, especialmente no de Trajano (117 d.C.). Esta revolta foi debelada por Márcio Turbo, mas não sem que antes um grande número de pessoas fosse morta.[1] De acordo com Eusébio de Cesaréia a violência do episódio deixou a Líbia despovoada a tal ponto que alguns anos mais tarde novas colónias tiveram de ser estabelecidas ali pelo imperador Adriano para que se mantivesse a viabilidade de um estabelecimento humano contínuo na região.
Decadência
O principal produto de exportação de Cirene através de boa parte de sua história, o sílfio, uma erva medicinal que ilustrava a maioria das moedas de Cirene, acabou sendo colhido até a extinção, e a competição comercial de Cártago e Alexandria reduziu o comércio da cidade. Cirene, com o seu porto de Apolônia (Marsa Susa), permaneceu um importante centro urbano até o terramoto de 262. Após o desastre o imperador Cláudio, o Gótico restaurou Cirene, dando-lhe o nome de Cláudiopolis, mas o restauro foi pobre e precário e a decadência atingiu Cirene de forma irremediável. Catástrofes naturais e um profundo declínio económico ditam a sua morte, e no ano de 365 um sismo particularmente devastador destruiuas suas poucas esperanças de recuperação. Amiano Marcelino a descreveu no século IV como uma cidade deserta, e Sinésio, um nativo de Cirene, a descreveu no século seguinte como uma vasta ruína à mercê dos nômades.
O capítulo final ocorreu em 643, com a conquista árabe. Das opulentas cidades romanas do norte de África e da Cirenaica pouco restará. As ruínas de Cirene se encontram próximas à cidade moderna de Shahhat, em território líbio.
Fonte: Wikipédia
História:
Período grego
Cirene foi fundada em 630 a.C. como uma colônia dos gregos da ilha de Tira (atual Santorini) liderados pelo rei Bato, a dez milhas do seu porto, Apolônia (Marsa Sousa). Os detalhes sobre a fundação da cidade estão no Livro IV das Histórias de Heródoto. Em pouco tempo se tornou a principal cidade da Antiga Líbia e estabeleceu relações comerciais com todas as cidades gregas, atingindo o auge de sua prosperidade sob seus próprios reis no século V a.C.. Logo depois de 460 a.C. tornou-se uma república, e depois da morte de Alexandre, o Grande (323 a.C.), quando passou para a dependência dos lágidas.
Ofelas, o general que ocupou a cidade em nome de Ptolemeu I Sóter, governou-a de forma quase independente até à sua morte, quando o genro de Ptolemeu, Magas, recebeu o governo do território. Em 276 a.C. Magas se corou rei e declarou independência, casando-se com a filha do rei selêucida e formando com ele uma aliança para invadir o Egipto. A invasão foi mal-sucedida e, em 250 a.C., após a morte de Magas, a cidade foi reintegrada ao Egipto Ptolemaico. A Cirenaica tornou-se parte do império Ptolemaico, controlado a partir de Alexandria, e passou para o domínio romano em 96 a. C. quando Ptolemeu Ápion legou a Cirenaica a Roma. Em 74 a.C. o território foi formalmente transformado em província romana.
Período romano
Os habitantes de Cirene na época de Sula (cerca de 85 a.C.) estavam divididos em quatro classes: cidadãos, fazendeiros, estrangeiros residentes e judeus, que formavam uma inquieta minoria. Ptolemeu Ápion, antigo governante da cidade, a legara aos romanos, mas ela manteve sua autonomia. A Cirenaica tornou-se uma província romana dez anos mais tarde; e se sob os Ptolemeus a população judaica da cidade gozava de direitos iguais aos do resto da população, agora ela se encontrava cada vez mais oprimida pela população grega. As tensões chegaram em seu ponto máximo com as insurreições dos judeus durante os períodos de Vespasiano (73 d.C.) e, especialmente no de Trajano (117 d.C.). Esta revolta foi debelada por Márcio Turbo, mas não sem que antes um grande número de pessoas fosse morta.[1] De acordo com Eusébio de Cesaréia a violência do episódio deixou a Líbia despovoada a tal ponto que alguns anos mais tarde novas colónias tiveram de ser estabelecidas ali pelo imperador Adriano para que se mantivesse a viabilidade de um estabelecimento humano contínuo na região.
Decadência
O principal produto de exportação de Cirene através de boa parte de sua história, o sílfio, uma erva medicinal que ilustrava a maioria das moedas de Cirene, acabou sendo colhido até a extinção, e a competição comercial de Cártago e Alexandria reduziu o comércio da cidade. Cirene, com o seu porto de Apolônia (Marsa Susa), permaneceu um importante centro urbano até o terramoto de 262. Após o desastre o imperador Cláudio, o Gótico restaurou Cirene, dando-lhe o nome de Cláudiopolis, mas o restauro foi pobre e precário e a decadência atingiu Cirene de forma irremediável. Catástrofes naturais e um profundo declínio económico ditam a sua morte, e no ano de 365 um sismo particularmente devastador destruiuas suas poucas esperanças de recuperação. Amiano Marcelino a descreveu no século IV como uma cidade deserta, e Sinésio, um nativo de Cirene, a descreveu no século seguinte como uma vasta ruína à mercê dos nômades.
O capítulo final ocorreu em 643, com a conquista árabe. Das opulentas cidades romanas do norte de África e da Cirenaica pouco restará. As ruínas de Cirene se encontram próximas à cidade moderna de Shahhat, em território líbio.
Fonte: Wikipédia