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Cirurgião deixa doente com infeção na vagina

Lordelo

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Uma mulher vai receber uma indemnização de 26 mil euros devido a um erro médico que lhe causou uma grave infeção nos órgãos sexuais. A decisão foi tomada este mês pelo Supremo Tribunal de Justiça. O valor será pago por uma companhia de seguros e pelo cirurgião plástico que operou a doente no Hospital da Arrábida, em Vila Nova de Gaia, em maio de 2003. O médico injetou enxertos de gordura nos lábios vaginais da vítima sem ter o seu consentimento.

"A paciente sofreu danos existenciais, biológicos, sexuais, psicológicos e físicos, resultantes não só das consequências da operação, mas também da falta de assistência do réu no período pós-operatório", lê-se no acórdão, que dá conta que a paciente não conseguiu ter relações sexuais durante cerca de um ano.

A decisão revela que a mulher, de 40 anos, padecia de uma doença grave desde a adolescência, que lhe causava graves inflamações nos órgãos genitais. Ao longo dos anos, ficou com cicatrizes nos lábios vaginais e um excesso de pele naquela zona. Para corrigir o problema, dirigiu-se a um cirurgião plástico, que lhe indicou que teria de fazer uma lipoaspiração na parte interior das coxas e, depois, iria tentar subir as cicatrizes para serem menos visíveis. Durante o procedimento, o cirurgião decidiu injetar enxertos de gordura nos lábios vaginais da doente.

A mulher teve muitas dores. "Estamos perante uma violação grave do dever de informar, uma vez que se trata de uma operação realizada sem consentimento prévio", lê-se no acórdão.

IN:CM
 
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