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Clínica alemã anuncia primeiro transplante de dois braços completos

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Operação decorreu em Munique e o paciente está bem

Clínica alemã anuncia primeiro transplante de dois braços completos


Pela primeira vez no mundo foi realizado um transplante de dois braços completos a um homem, que tinha ambos os membros amputados após um acidente de trabalho, anunciou hoje a clínica da universidade técnica de Munique, no sul da Alemanha. Após uma cirurgia de 15 horas há seis dias, o paciente encontra-se bem.

Em comunicado, a clínica sublinha que esta é a primeira operação do género em todo o mundo e que o estado de saúde do paciente, um alemão de 54 anos, seis dias após a cirurgia, não apresenta quaisquer complicações.

O paciente, um agricultor que perdeu os dois braços num acidente de trabalho há seis anos, tinha tentado utilizar próteses artificiais, mas depois de resultados negativos consecutivos procurou ajuda na clínica especializada em cirurgia plástica e de mãos.

Sob a direcção dos médicos alemães Christoph Hohnke e Edgar Biemer, uma equipa de 40 pessoas efectuou entre os dias 25 e 26 deste mês o transplante, explicado ao pormenor ao doente. “Antes da operação, esclarecemos-lhe que teria que lidar com o facto de que iria ter as mãos de outra pessoa”, contou Edgar Biemer à Reuters, lembrando que quando o paciente acordou da cirurgia olhou para as suas mãos e mostrou-se muito satisfeito. “Muito bom”, disse aos médicos que o acompanharam durante todo o processo.

Edgar Biemer sublinhou que uma das principais dificuldades de um transplante de dois braços completos é encontrar dadores. “Actualmente, até o número de dadores dispostos a doar os seus órgãos internos está a decrescer”, salientou, acrescentando que continua a ser “mais aceitável ter rins de familiares doados, do que ter uma perna completa, uma mão ou uma cara”.

Um dos últimos transplantes inéditos anunciados ao mundo ocorreu em França, em 2005, quando uma mulher de 38 anos foi sujeita a um transplante facial. Isabelle Dinoire foi atacada pelo seu cão, perdendo os lábios e o nariz, o que a impossibilitava de falar ou comer normalmente. A 27 de Novembro desse ano foi submetida à cirurgia no Hospital de Amiens, no Norte de França, numa operação que levou 15 horas a concretizar, dado que obrigou ainda ao transplante de tecidos, músculos e vasos sanguíneos de um único dador.


01.08.2008 - 17h02 Agências
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xicca

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Primeiro transplante duplo de braços

Médicos alemães fazem 1º transplante duplo de braços
Operação envolveu equipe de cerca de 40 pessoas fazendo trabalhos simultâneos.


Da BBC Brasil


O paciente, que não teve seu nome divulgado, foi um agricultor de 54 anos que perdeu os membros superiores há seis anos em um acidente com uma máquina agrícola. Ele recebeu outros dois de um rapaz de 19 anos com diagnóstico de morte cerebral em conseqüência de um acidente de carro.



"A operação correu muito bem. Infelizmente não posso comparecer à entrevista coletiva, mas estou à disposição da imprensa em uma ocasião posterior", declarou o paciente, em uma gravação que os médicos executaram para os jornalistas durante a entrevista que sucedeu a cirurgia.



O cirurgião plástico Edgar Biemer, que chefiou a operação, disse que a técnica foi preparada durante cinco anos. Mas só na sexta-feira passada foi encontrado um doador adequado.


Durante o transplante, receptor e doador ficaram em duas salas contíguas. Em um recinto, dois grupos de cirurgiões se encarregaram de retirar ambos os braços do doador enquanto, na outra sala, outros dois times trabalharam cada qual em um lado do tronco do receptor, preparando as regiões na altura das axilas para o transplante.


Um quinto grupo retirou veias de outras partes do corpo para ser implantadas nos braços e melhorar a circulação sanguínea dos membros.


Todo o processo durou mais de 15 horas: começou na noite da sexta-feira, dia 25, e durou até o dia seguinte.



Recuperação
A cirurgia foi realizada pela equipe do hospital da Universidade Técnica de Munique, Klinikum rechts der Isar, que incluiu quase 40 pessoas, entre cirurgiões, anestesistas e enfermeiros.



O paciente passa bem, mas deve ficar internado ainda por cinco semanas.


"Nesse tempo, ele já fará importantes exercícios de fisioterapia para que seus braços se mobilizem e possam ser sentidos", disse Biemer.


O médico avalia que serão necessários cerca de dois anos para as células nervosas dos membros superiores se desenvolverem o suficiente para que o paciente tenha condição de sentir os dedos das mãos.


"Ele não vai conseguir tocar piano, mas vai poder viver muito melhor do que com as próteses que usava", comparou o cirurgião.


Segundo os especialistas, o risco de rejeição para transplantes de membros externos é maior que o de órgãos internos.


Enquanto nas mãos quase não há medula óssea, os braços superiores têm grande quantidades de medula, composta de células que podem provocar reação de rejeição.


"As possíveis reações são mais fortes do que em quaisquer outros transplantes de órgãos, porque a pele é a grande barreira imunológica do corpo", afirmou o cirurgião plástico Edgar Biemer.


Em um transplante incluindo o braço inteiro estão presentes 20% da parcela de pele do corpo todo.


"A pele estranha é mais facilmente rejeitada pelo sistema imunológico. Mas atualmente existem vários métodos novos para evitar essas reações", disse Biemer.


O paciente terá que tomar medicamentos contra a rejeição dos membros para o resto de sua vida.


Até agora nunca foi realizado um transplante incluindo os braços.


Em fevereiro de 2003, médicos austríacos na Universidade de Innsbruck realizaram o primeiro transplante duplo de antebraços e mãos em um paciente.
 
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