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GF Ouro
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Números 707. Não são tecnicamente chamadas de valor acrescentado mas não deixam de ser bem mais caras do que os números do serviço universal. E são cada vez mais as entidades públicas, da ADSE às Finanças, que as utilizam
O que têm em comum um adolescente que acede ao portal da Juventude, um cidadão de meia--idade que pretende informações sobre os apoios à instalação de painéis solares, um funcionário público que quer esclarecer uma dúvida com o seu subsistema de saúde ou um cidadão que está a sentir dificuldades na entrega do seu IRS pela internet? São todos encaminhados para números telefónicos do grupo "707" - os chamados números únicos -, cujos custos são muito superiores aos praticados na chamada rede universal.
Num levantamento não exaustivo - entre serviços públicos, empresas do Estado, como a TAP e a CP, ou concessionárias de bens ou serviços do Estado, como é o caso da rede das autoestradas -, o DN encontrou cerca de duas dezenas de linhas de apoio com números de prefixo "707", aos quais está associado um valor fixo de chamadas que oscila entre os 10 cêntimos por minuto, para chamadas feitas pela rede fixa, e os 25 cêntimos para os telemóveis. Em várias situações, esta já é mesmo a única forma de contactar telefonicamente o serviço.
É o caso da ADSE - o subsistema de saúde dos funcionários públicos, cujo portal remete os utilizadores para um número 707 ou, em alternativa, uma série de números de fax. Recentemente, uma utente fez uma reclamação no Portal da Queixa - uma rede social para consumidores. E recebeu como resposta de uma responsável da ADSE a informação de que "a elevada afluência por parte dos utentes a esta linha telefónica origina a situação exposta". É o mesmo que dizer que esta entidade do Ministério das Finanças optou, deliberadamente, por uma linha telefónica mais cara para racionalizar as chamadas dos contribuintes que a mantém com os seus impostos e descontos.
dn