- Entrou
- Set 24, 2006
- Mensagens
- 9,470
- Gostos Recebidos
- 1
Incêndios: Coimbra e Lisboa são as cidades onde há mais crimes florestais - estudo
Loures, Lisboa, 10 Dez (Lusa) - As cidades de Coimbra e Lisboa são as com maior incidência de crimes florestais e onde habitam os seus autores, maioritariamente homens solteiros que sofrem de alcoolismo, revela um estudo sobre o perfil do incendiário florestal apresentado hoje.
O estudo da Polícia Judiciária (PJ), financiado pela Autoridade Florestal Nacional, apresenta dados recolhidos desde 2001 até este ano e engloba 193 indivíduos (172 homens e 21 mulheres) do Continente e da Madeira. Nos Açores praticamente não ocorrem incêndios florestais.
Ao longo da apresentação do estudo foram elaborados três perfis distintos, identificados durante a investigação.
O primeiro perfil, considerado mais frequente, foi identificado em 55 por cento dos indivíduos analisados e mostrou que a maioria dos autores de crimes florestais são homens solteiros que vivem com os pais e sofrem de distúrbios psicológicos ligados sobretudo ao álcool.
O segundo, identificado em 43 por cento dos casos estudados, classifica o incendiário como sendo alguém com mais de 46 anos, maioritariamente do sexo masculino, com antecedentes criminais de violência e que age por vingança contra o proprietário do terreno.
O último perfil, com menor incidência (3 por cento), aponta para indivíduos sem antecedentes criminais, que agem sobretudo motivados por benefícios económicos e pessoais.
Cristina Soeiro, coordenadora do estudo, explicou, no entanto, à Lusa que por "existirem perfis muito distintos existe a necessidade de se fazerem estudos mais detalhados e intervenções mais especializadas".
A coordenadora negou que a maior parte dos autores dos crimes florestais sejam pirómanos, esclarecendo que a percentagem daqueles que os são "é diminuta".
"Portugal não é um país de pirómanos. Isso é uma falsa ideia que se criou", sublinhou.
Na apresentação do estudo esteve também presente o secretário de Estado adjunto e da Justiça, José Conde Rodrigues, que realçou a importância deste trabalho na actividade futura da Polícia Judiciária (PJ).
"Este estudo, além de permitir à PJ ter uma visão mais clara desta realidade que são os incêndios, irá ser bastante útil no planeamento das investigações", apontou Conde Rodrigues
Por seu lado, o director nacional adjunto da Polícia Judiciária, Pedro do Carmo, garantiu que "o estudo já está a produzir resultados dentro da PJ, ao permitir identificar e limitar o número de suspeitos".
Entre 2004 e 2008, a PJ foi responsável por 7.513 inquéritos que levaram a 240 detidos por incêndio florestal.
FYS/CMP.
Lusa/fim
Loures, Lisboa, 10 Dez (Lusa) - As cidades de Coimbra e Lisboa são as com maior incidência de crimes florestais e onde habitam os seus autores, maioritariamente homens solteiros que sofrem de alcoolismo, revela um estudo sobre o perfil do incendiário florestal apresentado hoje.
O estudo da Polícia Judiciária (PJ), financiado pela Autoridade Florestal Nacional, apresenta dados recolhidos desde 2001 até este ano e engloba 193 indivíduos (172 homens e 21 mulheres) do Continente e da Madeira. Nos Açores praticamente não ocorrem incêndios florestais.
Ao longo da apresentação do estudo foram elaborados três perfis distintos, identificados durante a investigação.
O primeiro perfil, considerado mais frequente, foi identificado em 55 por cento dos indivíduos analisados e mostrou que a maioria dos autores de crimes florestais são homens solteiros que vivem com os pais e sofrem de distúrbios psicológicos ligados sobretudo ao álcool.
O segundo, identificado em 43 por cento dos casos estudados, classifica o incendiário como sendo alguém com mais de 46 anos, maioritariamente do sexo masculino, com antecedentes criminais de violência e que age por vingança contra o proprietário do terreno.
O último perfil, com menor incidência (3 por cento), aponta para indivíduos sem antecedentes criminais, que agem sobretudo motivados por benefícios económicos e pessoais.
Cristina Soeiro, coordenadora do estudo, explicou, no entanto, à Lusa que por "existirem perfis muito distintos existe a necessidade de se fazerem estudos mais detalhados e intervenções mais especializadas".
A coordenadora negou que a maior parte dos autores dos crimes florestais sejam pirómanos, esclarecendo que a percentagem daqueles que os são "é diminuta".
"Portugal não é um país de pirómanos. Isso é uma falsa ideia que se criou", sublinhou.
Na apresentação do estudo esteve também presente o secretário de Estado adjunto e da Justiça, José Conde Rodrigues, que realçou a importância deste trabalho na actividade futura da Polícia Judiciária (PJ).
"Este estudo, além de permitir à PJ ter uma visão mais clara desta realidade que são os incêndios, irá ser bastante útil no planeamento das investigações", apontou Conde Rodrigues
Por seu lado, o director nacional adjunto da Polícia Judiciária, Pedro do Carmo, garantiu que "o estudo já está a produzir resultados dentro da PJ, ao permitir identificar e limitar o número de suspeitos".
Entre 2004 e 2008, a PJ foi responsável por 7.513 inquéritos que levaram a 240 detidos por incêndio florestal.
FYS/CMP.
Lusa/fim