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Colômbia. "Natureza guerreira" de jovem de 13 anos salvou irmãos na selva

kok@s

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De acordo com os avós, Lesly tem "uma natureza guerreira", é habilidosa, ágil e estaria bem treinada para andar pela selva, pelo que até sabia quais os frutos que se poderia comer e quais aqueles que seriam venenosos.


Colômbia. Natureza guerreira de jovem de 13 anos salvou irmãos na selva



A sabedoria, a habilidade o cuidado de uma jovem de apenas 13 anos conseguiram mudar o rumo de uma história que poderia ter acabado em tragédia. Quatro crianças sobreviveram sozinhas durante 40 dias na selva, valendo a valentia da irmã mais velha para que todos fossem encontrados com vida.



Lesly Mucutuy é a mais velha das crianças encontradas na sexta-feira, após a queda do avião onde seguiam. De acordo com os avós dos menores, citados pelo G1, a jovem é inteligente e foi treinada para caminhar na selva, estando já habituada a cuidar dos irmãos mais novos.


No entanto, este ambiente é bem diferente. Neste caso, falamos de uma selva com animais muito perigosos - como onças e cobras venenosas - com árvores de até 60 metros de altura e humidade a 82%, principalmente em maio, altura em que chove até 17 horas por dia na região, conforme conta o portal brasileiro.


O cenário faria com que fosse pouco provável que as crianças sobrevivessem - descalças, sem comida e água potável -, mas o facto é que o improvável aconteceu. Além de sobreviverem a uma queda de avião, as crianças de 13, 9 e 4 anos e um bebé de 11 meses sobreviveram a 40 dias numa floresta.


A 'cabecilha' do grupo foi Lesly que, de acordo com os avós, tem "uma natureza guerreira", é habilidosa, ágil e estaria bem treinada para andar pela selva, pelo que até sabia quais os frutos que se poderia comer e quais aqueles que seriam venenosos. Aliás, quando a mãe tinha de sair, a menina era responsável por alimentá-los, inclusive a irmã bebé - que completou um ano durante o período em que estiveram perdidos na selva.



Através de pistas deixadas no chão, tais como frutas mordidas e objetos pessoais deixados para trás, foi possível perceber que os quatro irmãos se movimentaram quase sem parar, revelaram as Forças Armadas colombianas.


De recordar que os menores viajavam com a mãe e outro acompanhante numa pequena aeronave, um Cessna 206, que desapareceu dos radares no dia 1 de maio, nas imediações de San José del Guaviare, no sul do país, para onde se dirigia.


A aeronave foi encontrada a 8 de maio na vertical, com a zona frontal contra o chão, entre uma vegetação densa.


Os meios de salvamento recuperaram três corpos: o do piloto, o da mãe das crianças e o de um dirigente da comunidade indígena Uitoto.


A esperança de que as crianças pudessem ser encontradas com vida foi alimentada pela descoberta de objetos pessoais e de um "abrigo improvisado feito de paus e ramos", que mantiveram os socorristas com esperança de que pudesse haver sobreviventes.


A selva é muito densa e perigosa nesta zona particularmente remota e as buscas são dificultadas pela presença de animais selvagens, árvores até 40 metros de altura e chuva intensa.


Mais de 100 militares com cães pisteiros estiveram envolvidos nas buscas, com a ajuda de membros da comunidade indígena.
A causa do acidente ainda não foi determinada.


De acordo com as autoridades de proteção civil, o piloto tinha comunicado problemas com o motor do avião antes de este desaparecer dos radares.




nm
 

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"Felicidade muito grande". O relato de quem chegou aos irmãos na Colômbia




As quatro crianças, com idades compreendidas entre um e 13 anos, foram encontrados na sexta-feira, depois de 40 dias desaparecidos na Amazónia colombiana.


Felicidade muito grande. O relato de quem chegou aos irmãos na Colômbia



Um dos membros do grupo que encontrou as quatro crianças indígenas que estiveram 40 dias perdidas na Amazónia colombiana falou sobre o momento em que os menores, com idades compreendidas entre um e 13 anos, foram resgatados.



"Quando os encontrámos foi uma felicidade muito grande", disse Henry Guerrero em declarações aos jornalistas, explicando que as crianças tinham uma pequena barraca improvisada e uma toalha no chão.


"O rapaz estava muito fraco, já nem conseguia andar", contou, referindo-se ao único rapaz, de quatro anos. Citado pelas publicações internacionais, este membro da equipa de resgate explicou que apesar das debilidades e desnutrição, os menores se encontravam conscientes e se "lembravam de tudo".


Segundo o que conta Guerrero, as crianças só queriam comer "arroz com leite e pão."


"A primeira coisa que nos disseram foi que estavam com fome. Queriam comer arroz doce, queriam comer pão, era só comer, comer", sublinhou.


O homem, que também faz parte da comunidade indígena confessou ainda que o grupo já estava despesperado por encontrar as crianças, dado que já tinha passado mais de um mês desde que o acidente de avião - que tirou a vida a três adultos, entre os quais a mãe das crianças - aconteceu, a 1 de maio.


As crianças foram encontradas com algumas roupas, uma caixa de música, refrigerantes e dois telemóveis, que não tinham rede.


A irmã mais velha tem sido apontada como a salvadora dos irmãos, tendo também os avós falado da criança, de 13 anos, como tendo uma "natureza guerreira". Segundo os familiares, Lesly é habilidosa, ágil e estaria também bem treinada para andar pela salva, sabendo mesmo quais os frutos que podiam comer e aqueles que eram venenosos.



Apesar de as crianças já terem sido encontradas, a 'Operação Esperança', como foi denominada ainda não terminou, já que um dos cães que ajudou no resgate está agora desaparecido. Apesar de o animal ter desaparecido, as crianças fizeram questão de o lembrar, tendo desenhado o animal no domingo.


As crianças estão agora num hospital em Bogotá.



nm
 
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