kokas
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Aplausos, assobios e insultos recebem a coligação em Aveiro. Olhos nos olhos, Passos Coelho, tentou explicar às pessoas na rua as razões da sua governação.
O nome do barco moliceiro que levou Passos e Portas a navegar na ria de Aveiro, não podia ser mais sugestivo: "Onda colossal". A "onda" é o que a coligação tem andado à procura desde que começou a campanha. "Colossal", a lembrar a expressão do primeiro-ministro quando se referiu à dívida herdada do governo socialista. E desafiado a responder sobre se a escolha da embarcação tinha sido planeada, garantiu que era "pura coincidência". Até porque, como conferiu o DN, esse é o nome da empresa turistica que explora os moliceiros na ria.Ria abaixo, com a comitiva que hoje contou com Luís Montenegro, o presidente da bancada parlamentar, e João Almeida, o centrista secretário-de estado da Administração Interna, os cabeças da coligação Portugal à Frente, foram alvo de muitos aplausos de apoiantes que acenavam ao vê-los passar, mas também ouviram alguns insustos. Num ponto, uma turma de adolescentes de uma escola secundária, numa apreciada aula de educação física ao ar livre, não escondiam o entusisamos ao ver passar o barco de "VIP". "Olha, o Passos Coelho e o Portas" Vá um sorriso para fotografia", gritava uma raparigam empunhando os telemóvel. Outro aproveitou a "onda" para um aviso": "A nossa escola está em obras há três anos!", exclamou. Mas, mais há frente, as palavras foram mais duras, de "palhaços", a "ladrões", "fascistas" e até uma direta para Paulo Portas. "Ó Paulinho, tu és fixe, mas os submarinos não cabem aqui!! Se não isso ia ao fundo""; vociferava um homem na margem no canal, apontando para o moliceiro. Passos e Portas acenavam sorrindo a todos. Aos jornalistas, o presidente do PSD considerou "natural" que surgissem críticas ao seu governo. "Há sempre pessoas que não concordam. É muito natural este tipo de episódios. Mas quando governamos é a pensar em todos", salientou. Á chegada, largas dezenas de apoiantes abafavam os poucos assobios aos gritos de "vitória, vitória".Num pequeno passeio pelo centro turístico, Passos Coelho e Paulo Portas beberam café e provaram ovos moles, com Passos a parar toda a comitiva por largos minutos, para conversar cara a cara com as pessoas. O primeiro, era Miguel, um estudante trabalhadoreuniversitário, que tinha vindo "de propósito" ao encontro do primeiro-minisro, para lhe falar das "dificuldades dos jovens, na procura de emprego e na emigração". Pacientemente, Passos Coelho falou-lhe das razões da sua governação, fazendo-lhe sentir que, depois dos sacrifícios o país estava a ir "pelo bom caminho". No final, Miguel confessou ao DN que "ainda não sabia em quem ia votar". Ficou satisfeito com as explicações? "As explicações são sempre complicadas, não são para o português comum", afirmou.
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