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Começam a ser julgados hoje os dez militares acusados de praxar violentamente dois soldados na Força Aérea

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Miliatres estão acusados de quatro crimes: dois de abuso de autoridade por ofensas à integridade física e dois de abuso de autoridade por outras ofensas.

Começou, esta terça-feira, o julgamento dos dez militares da Base Aérea N.º 5 de Monte Real, em Leiria, que praxaram, de forma violenta, dois soldados que integravam a Esquadra de Polícia Aérea. Os dez militares são acusados de quatro crimes: dois de abuso de autoridade por ofensas à integridade física e dois de abuso de autoridade por outras ofensas. O julgamento decorre no Tribunal de São João Novo, no Porto.

No início do julgamento, dos dez arguidos apenas dois aceitaram prestar declarações. Sete preferem não falar para já ao coletivo de juízes Um dos acusados não compareceu ao julgamento por estar doente.

“A praxe sempre existiu mas eu não participava. Nunca combinei nada com outras pessoas como diz a acusação. Nunca fiz esse tipo de praxe. A situação de comer das tigelas dos cães acontecia. Era uma tradição da polícia aérea. Nada que seja abusivo. Ao entrar na base de Monte Real também o fiz. Era um comportamento normal. Nunca me senti uma vítima. É mesmo uma tradição. Eu saí de lá e continua a existir”, indicou um dos arguidos.

A juíza Isabel Teixeira estranhou a afirmação sobre “ser normal comer comida de cão”. “Eu não vou dizer aqui à minha colega para comer comida de cão da tigela”, referiu a magistrada. O arguido respondeu. “Ninguém era obrigado a nada. Quem faz, tudo bem”, explicou.

Do coletivo de juízes faz parte uma militar da Força Área que referiu: “A praxe é completamente proibida. Todos o sabem ao entrar”.

O segundo arguido a ser ouvido diz que trabalhou na Base Aérea Nº 5 desde 2014. Depois saiu para a GNR, em março de 2019, local onde se encontra ainda a desempenhar funções.

“No que diz respeito ao meu nome e que está plasmado na acusação, nada corresponde à verdade. Eu ensinei um dos visados dos procedimentos a adotar na base. Não lhe disse para fazer nada do que diz na acusação”, disse o militar da GNR. “Fiquei surpreso por o meu nome aparecer neste processo. Até convidei o camarada que me acusa a ir a um jantar e ele foi ao meu jantar. E, após eu sair da Força Aérea, esse camarada ainda me mandou mensagens. Se eu tiver algo negativo contra uma pessoa não lhe remeto nenhuma mensagem”, indicou ainda.

Confrontado sobre uma mensagem que terá enviado a dizer que pediu para os soldados lesados ingerirem bebidas alcoólicas em excesso, o arguido assumiu que a enviou. “Enviei a dizer que tinha incentivado a beber, mas eu nem estava presente nesse dia”, referiu.

“Mas então que parvoíce é essa, desculpe lá”, retorquiu a juíza. “Foi literalmente uma parvoíce, pois eu nem tomo bebidas alcoólicas”, assumiu o militar da GNR.

Correio da Manhã
 
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