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O ministro das Finanças grego, Yanis Varoufakis, e o primeiro-ministro Alexis Tsipras no encontro da Federação das Empresas Helénicas
Jornal grego revelou a existência de uma proposta do presidente da Comissão Europeia para desbloquear as negociações
A notícia de um novo plano do presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, para desbloquear as negociações entre a Grécia e os credores durou pouco mais de uma hora. Antes das 14.00 o exclusivo era publicado no jornal grego To Vima, e rapidamente partilhado nos media de língua inglesa, mas passava pouco das 15.00 quando a porta-voz da Comissão disse não ter conhecimento do plano. Os alarmes soam cada vez mais alto para o problema de liquidez de Atenas, que terá de pagar mais de 1,5 mil milhões de euros ao Fundo Monetário Internacional (FMI) em junho.
Às 13.55, o To Vima revelava online, em exclusivo, os pormenores do novo plano Juncker, ao qual dizia ter tido acesso umas horas antes. Este propunha uma meta para o superavit primário inferior à até agora exigida (0,75% em vez de 3%) e adiava mudanças no IVA e a reforma do sistema de pensões para depois do verão, mas implicava a continuação do impopular imposto sobre imóveis ENFIA. Em troca, Atenas acederia a quase quatro mil milhões de dólares dos credores (1800 milhões de empréstimo dos parceiros europeus e 1900 milhões de lucros que o Banco Central Europeu fez com os títulos de dívida gregos) e evitaria os problemas de liquidez.
Mas às 15.12, já depois de os mercados gregos terem reagido em alta à notícia do novo plano, vinha a primeira reação por parte da porta-voz da Comissão, Annika Breidthardt, no Twitter: "Não posso confirmar os relatos nos media de uma proposta da Comissão Europeia e de Juncker sobre a Grécia. Não tenho conhecimento de tal proposta. Trabalhamos num acordo abrangente." Mais tarde, Oliver Bailey, o porta-voz do comissário para os Assuntos Económicos, Pierre Moscovici, reagia de forma igualmente vaga na mesma rede social: "Não podemos confirmar as alegações dos media sobre a proposta da Comissão Europeia sobre a Grécia."
dn