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Seis em cada 10 portugueses consideram as comissões de manutenção de conta elevadas, mas metade não faz ideia de quanto paga, de acordo com um estudo realizado pela Nickel, instituição financeira de pagamento do grupo BNP Paribas, em parceria com a DATA E, e divulgado esta quarta-feira.
"Os resultados deste estudo revelam que muitos portugueses não estão totalmente informados sobre os encargos associados à sua conta bancária e sentem que pagam comissões demasiado elevadas. Este cenário reforça a importância de soluções mais claras, equilibradas e adaptadas às necessidades da população, promovendo uma relação mais justa e transparente com os serviços financeiros", afirma João Guerra, CEO da Nickel Portugal, citado num comunicado a que o Notícias ao Minuto teve acesso.
O estudo revela que o "valor médio das comissões ronda os 52 euros por ano", segundo a mesma nota.
"Contudo, há disparidades regionais significativas: as regiões do Algarve e do Norte pagam valores superiores à média, enquanto o Alentejo e o Porto apresentam valores abaixo da média nacional. O fator custo continua, ainda assim, a ser determinante na escolha de um banco: cinco em cada dez inquiridos afirmam considerar o custo da comissão de manutenção no momento da decisão", pode ler-se na mesma nota divulgada.
Portugueses olham para o preçário?
"O mesmo estudo demonstra ainda que quase metade dos portugueses (46%) não se recorda da última vez que consultou o preçário do seu banco e que apenas 40% dos inquiridos se lembram da última consulta, com as regiões do Porto (44%) e do Centro (45%) a apresentarem valores acima da média", é ainda referido.
E mais: "Já 31% admite não conhecer o preçário da sua instituição bancária, com destaque para a região do Alentejo (39%), que regista a maior percentagem", pode ler-se.
De acordo com o mesmo comunicado, este estudo foi desenvolvido pela Nickel em parceria com a DATA E, tendo sido realizado entre 1 e 4 de abril de 2025 a 1.015 indivíduos residentes em Portugal (Continente e Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira), com idades compreendidas entre os 18 e os 64 anos e com uma distribuição geográfica dividida por NUTS II.
De recordar que no ano passado o Governo aprovou, em Conselho de Ministros, limites às comissões bancárias nas transferências imediatas feitas pelas aplicações dos telemóveis.
"Para proteger os consumidores e clientes bancários, aprovámos um diploma que impõe limites às comissões bancárias nas transferências imediatas pelas aplicações dos telemóveis", disse o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, na conferência de imprensa após o Conselho de Ministros.
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