Condenado a prisão após aceder a webcams para ver mulheres nuas

[Lordelo]

A justiça britânica condenou Christopher Taylor a 14 meses de prisão efetiva por ter acedido a 772 webcams, em 39 países diferentes, que utilizou para ver - e gravar - imagens de mulheres a despirem-se e, em certos casos, a terem relações sexuais.






O homem de 60 anos recorreu, durante um período de tempo de seis anos, ao 'malware' Cammy, um programa que permite aceder às webcams de pessoas no mundo inteiro, sem que as mesmas se apercebam. Conforme os relatos do tribunal contaram, citados pelo jornal The Mirror, Taylor colocava links em sites pornográficos que, uma vez que os utilizadores clicavam neles, lhe permitiam aceder às suas webcams.


Por entre as diferentes imagens que o homem captou, as autoridades estimam que pelo menos 47 mulheres foram observadas a ter relações sexuais pelo residente de Manchester, no Reino Unido.


No total, a investigação concluiu que o homem tinha na sua posse 80 mil imagens e vídeos, datados entre 2010 e 2016. Destes, pelo menos 82 ilustravam cenas de bestialidade, entre eles um em que era possível ver uma mulher a ter sexo com um cão.


O britânico admitiu ter acedido sem autorização a material nos computadores das suas vítimas, 'voyeurismo' e posse de 'pornografia extrema'.


Importa referir que a investigação foi espoletada por uma denúncia que originou nos Estados Unidos, onde uma aluna do Instituto de Tecnologia de Georgia instalou, sem querer, o 'malware', que foi identificado por outros colegas da universidade.


"Os crimes ocorreram durante um longo período de tempo e foram realizados após um grau significativo de planeamento sofisticado. As vítimas eram vulneráveis no sentido em que foram gravadas dentro das suas próprias casas. As imagens foram gravadas e mantidas por si. Na minha opinião, portanto, uma sentença imediata de prisão pode ser justificada para refletir a gravidade do seu comportamento ofensivo".


Estas foram as palavras do juiz Martin Walsh, que disse ter tido em conta a idade avançada de Taylor e o efeito que a sentença teria na sua mulher, que sofre de doença crónica, e que era cuidada a tempo inteiro pelo marido.

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