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"Continuo cego", diz doente mais grave

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Mai 27, 2007
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Um dos dois doentes que receberam injecção nos dois olhos de um produto ainda por apurar confirmou, ontem, segunda-feira, ao JN, que "não vê nada, nem vultos", passados mais de 20 dias sobre a data que qualificou como "fatídica".

Walter Lago Bom diz que, tal como os outros cinco pacientes intervencionados quase em simultâneo no Hospital de Santa Maria, não teve melhoras em termos de visão. Apenas a inflamação passou mais.

"Continuo cego", diz Walter Lago Bom, 47 anos, cozinheiro de profissão, que adianta ter havido evolução no seu estado apenas no que toca à inflamação e às dores, que ainda sente na vista esquerda. Tal como os outro doentes, é todos os dias sujeito a novos exames, lavagens e tratamentos. E refere não ter "sentido diferença" também desde a estada do especialista canadiano, Miguel Burnier, que os visitou de quarta a sexta-feira da passada semana. "Deu a sua opinião, mas não trouxe nada de novo. Os tratamentos foram os mesmos", acrescentou. O mesmo paciente afirma que eventuais melhoras de outros não podem ser confirmadas: "Uma doente viu vultos, mas não passa disso, não distingue se são números ou letras e um senhor disse que via num cantinho do olho, mas no outro dia já não distinguia nada". Para Walter Lago Bom parece afastada a hipótese de ter alta tão cedo. Ele, tal como os outros doentes, desejam sobretudo a cura, mas também estão na expectativa de resultados da investigação em curso: "Tem que ser descoberta a causa. Fala-se nos diabetes que podem evoluir, mas eu cheguei aqui a ver e podia fazer quase tudo".

jn
 
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