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Correia de Campos conta como foi afastado do Governo

brunocardoso

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Correia de Campos conta como foi afastado do Governo



Foi a primeira baixa do Governo de José Sócrates por causa da contestação pública à sua política. Oito meses depois de abandonar funções, o ex-ministro da Saúde lançou um livro para se explicar ao país. Nesta entrevista, diz o que acabou por não escrever
Já passou quatro vezes pelo Governo. É um curriculum que lhe agrada ou de que se arrepende?
Não tenho razões de queixa. Bom, em 1979 estive no Governo só 20 ou 30 dias. Não houve tempo para fazer nada. Depois, com Maria de Lourdes Pintasilgo, fiz aquilo que era suposto, logo a seguir à aprovação da lei de bases do Serviço Nacional de Saúde (SNS): regulamentei o SNS, produzi 14 diplomas que, aliás, acabaram por ser parcialmente revogados pelo Governo seguinte, de Sá Carneiro – não se ria, porque foi muito útil, ficou alguma coisa…

Então, o prof. Correia de Campos também é pai do SNS.
[ri-se] Sou certamente alguém que ajudou a pô-lo de pé. E, nos últimos três anos, tenho a certeza absoluta de que, se não tivéssemos feito o que fizemos, o SNS estaria hoje muito diferente. Para pior.

Num dos artigos de opinião que publicou na imprensa sob a forma de ‘carta a um amigo ministro’ (ou seja, dirigindo-se a si próprio), classifica as pessoas que entram no Governo em duas categorias: as que mudam e as que não mudam. Em que grupo está?
No grupo dos que não mudam, claro. O ‘mudar’ tem a ver com comportamentos de arrogância, com atitudes e sentimentos de superioridade, que eu acho que nunca tive. É evidente que não é esta a interpretação que alguma Comunicação Social faz, que acha que eu era arrogante...

... e vaidoso...
… porque era talvez mais bem preparado do que a média em matéria de Saúde. O que se passava é que, às vezes, tinha pouca paciência para certas ignorâncias.

Por Graça Rosendo

Fonte: SOL
 
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