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'Creoula' atraca em Portimão

Rotertinho

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Diário de bordo
'Creoula' atraca em Portimão

A alvorada é bem cedo: 5h30. Por todo o navio ecoa uma só voz, vinda do altifalante: “Guarnição, alvorada, alvorada, alvorada!”.

Para muitos, que embarcam pela primeira vez, é mais uma noite mal passada, devido aos balanços e ao barulho constante provocado pelo gerador que ecoa por todas as divisões do navio. O sol ainda não se levantou no horizonte.

O Creoula está fundeado em frente a Portimão, a cerca de dois quilómetros da costa. O comandante, capitão-de-fragata Cornélio da Silva, quer entrar cedo no porto da cidade para engalanar o navio, que amanhã recebe os primeiros visitantes.

Às 6h30 os primeiros raios de sol iluminam as águas calmas do Atlântico e as âncoras começam a ser levantadas. Apesar de ser cedo toda a tripulação está bem acordada. Às 7h00, na cozinha, o cabo Neves já prepara a sopa, de legumes, para o almoço e começa a aprontar os alimentos para o almoço e o jantar.

Cerca de 45 minutos depois o ‘Creoula’ atraca finalmente no cais comercial de Portimão, e só agora é que todos podem ir tomar o pequeno almoço. Às 11h00, e já com o motor desligado, toda a guarnição começa a limpar o navio: os ‘amarelos’, isto é, tudo o que seja de latão tem de ficar a reluzir; as luzes que vão iluminar o navio à noite começam a ser colocadas; são feitas algumas pinturas de reparação e o convés é esfregado da popa à proa.

O final da tarde, e até ao raiar do sol, fica por conta dos marinheiros, que ficam de licença.


Correio da Manha
 
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