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Um rapaz de 11 anos terá sido expulso de uma escola em Michigan, nos Estados Unidos, em maio deste ano, por ter desmontado uma arma de fogo, carregada, na sala de aula.
Segundo conta a mãe da criança, Savitra McClurkin, o seu filho, Sakir, não levou a arma para a escola. Terá sido um outro aluno que puxou o jovem para dentro da casa de banho e "deu ao meu filho a arma".
O menor, que sabe caçar, e que, por isso, aprendeu também os procedimentos de segurança no que toca ao uso de uma arma, sabia também que a mesma não era permitida na escola.
"A reação natural do Sakir foi a de que de forma nenhuma iria ficar com a arma durante o dia todo", contou Savitra à NBC News. "Foi para a aula e desmontou a arma na sala. Havia um professor na sala e tudo. Havia pessoas à volta", explicou.
Após desmontar a arma, o seu filho colocou-a "dentro de um aquecedor" na sala de aula e deitou as balas num caixote do lixo. Só depois de a arma já não constituir um perigo é que os outros alunos alertaram alguém da direção da escola para a situação.
"Ele não queria ter aquilo consigo, mas também não queria que outra pessoa mexesse", esclareceu a mãe, questionada sobre o porquê de o filho ter desmontado a arma.
Já sobre o porquê de Sakir não ter alertado um adulto para a existência do objeto, Savitra alega que a criança estava assustada e que nunca lhe tinha sido explicado o que fazer numa situação daquelas - assumindo, assim, que a forma mais segura de agir seria desmontar a arma e garantir que ninguém a pudesse usar.
Sakir Everett© X
Escola diz que não foi contada a história toda e recusa novos comentários
Em comunicado, a escola em questão afirmou que a decisão foi tomada "após uma investigação minuciosa, incluindo uma revisão das filmagens, inúmeros relatos de testemunhas, e uma deliberação cuidadosa, assim como uma audiência disciplinar".
E acrescentou que "o relato completo do incidente não foi reportado", alegando que não pode fazer mais comentários ao assunto devido às leis de privacidade".
Contudo, a escola deixa explícito que "não teria sido necessária qualquer ação disciplinar apenas por desarmar outro estudante".
"Por favor, note-se, que a segurança dos nossos alunos e do corpo docente continua a ser a nossa prioridade e vão continuar a ser tomadas decisões de acordo com esse princípio", acrescentou, dizendo ainda que o jovem que levou a arma para a escola tinha sido questionado pelas autoridades.
Enquanto isso, Sakir foi expulso e encontra-se agora em casa, com os estudos interrompidos desde maio. Savitra tem tentado matricular o filho numa escola próxima, mas ainda sem resultado.
"Estou chateada com toda a gente. Não estou zangada apenas com a escola. Estou zangada com alguns destes professores, administradores, assim como o governo local, porque não estão a lidar com as coisas da forma correta", afirmou.
Desde maio, as quatro aplicações de Sakir às escolas nas redondezas foram negados, devido à expulsão no seu currículo. O governo local, disse Savitra, não tem dado qualquer solução para resolver o problema e garantir que o jovem regressa aos estudos.
Enquanto isso, Savitra contou que mantém Sakir entretido com aulas online e desportos para ocupar os tempos livres da criança de 11 anos.
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