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Criança "raptada" pelos pais para receber tratamento inovador está livre de cancro

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Ashya King à chegada à clínica de Praga em setembro do ano passado, antes de ser submetido à radioterapia com protões

Os pais de Ashya King chegaram a ser detidos em Espanha por terem levado o filho do hospital britânico sem autorização.
Os pais de Ashya King, a criança britânica que foi retirada pelos pais de um hospital de Southampton, no Reino Unido, contra indicação médica, para receber tratamento inovador na República Checa, garantem que o menino está livre de cancro.



Brett King, o pai de Ahsya, disse ao jornal britânico The Sun que um exame recente mostrou que o tumor cerebral da criança desapareceu por completo.

Brett e Naghemeh King, a mulher, chegaram a ser detidos em Espanha, devido a um mandado de detenção europeu emitido pela justiça britânica, que os acusava de sequestro e maus tratos. Os pais de Ashya queriam que o filho recebesse na República Checa um tratamento inovador - terapia com radiação de protões - mas foram impedidos pelos médicos que seguiam Ashya de o levar para o estrangeiro, ainda que o tratamento não estivesse disponível no Reino Unido. Perante a recusa do hospital, que ameaçou os pais com uma providência cautelar que os afastaria do filho caso interferissem no tratamento em curso, os King "raptaram" Ashya, tendo sido detidos em Málaga, no sul de Espanha, em setembro passado.
Um juiz espanhol decretou a libertação imediata do casal, cerca de 24 horas após a detenção, já que o Ministério Público britânico decidiu retirar o mandado de captura por considerar que "as provas eram insuficientes para uma possibilidade realista de condenação por qualquer crime". A decisão foi mesmo aplaudida por David Cameron, o primeiro-ministro britânico, e pelo vice-primeiro-ministro Nick Clegg, que chegou a pronunciar-se a favor da reunião "imediata" do pequeno Ashya King com os pais que estavam detidos. A opinião pública britânica seguiu atentamente o caso: cerca de 130 mil pessoas assinaram uma petição pedindo também que a criança fosse entregue aos pais.
Ashya foi operado duas vezes no Reino Unido e os pais quiseram prevenir o reaparecimento do tumor, um meduloblastoma, através da terapia com radiação de protões. O tratamento não está disponível no Reino Unido, mas os especialistas podem referenciar doentes para clínicas no estrangeiro: a terapia de protões recorre a um tipo de radiação que elimina as células cancerígenas, deixando intacto o tecido saudável. Mas o Hospital de Southampton, onde Ashya estava a receber tratamento, considerou que as hipóteses de recuperação da criança eram "muito boas" com a radioterapia tradicional e que não beneficiaria com a radioterapia com protões.



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