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Criminalidade desce mas é mais organizada

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Especialista aponta para os roubos em ourivesarias, a revelarem preparação


Num dia o ouro é roubado em Portugal, no dia seguinte aparece em Espanha. O alerta é de José Manuel Anes como testemunho da flexibilidade das quadrilhas. Anes salienta a descida estatística do crime, mas destacando uma maior violência e organização.

As palavras de José Manuel Anes, presidente do Observatório de Segurança, Criminalidade Organizada e Terrorismo (OSCOT), foram proferidas a propósito da vaga de assaltos e roubos a ourivesarias, uma das realidades que mais preocupa as autoridades e que vai ter expressão no próximo Relatório Anual de Segurança Interna, a ser divulgado até Março deste ano e que se reporta aos casos ocorridos em 2010.

O especialista avança que no primeiro semestre do ano passado foi registada uma redução da ordem dos 10% no crime violento e grave e que a tendência de descida se deverá manter no segundo período. Os dados estatísticos estão ainda a ser tratados e conjugados, principalmente a nível da PSP, GNR e PJ e a tendência de redução deverá manter-se. Mas, alerta o presidente do OSCOT, essa descida no crime que mais cria na população o sentimento de insegurança contrasta, no entanto, "com uma conduta mais violenta e organizada dos grupos criminosos".

O especialista reconhece que os assaltos a ourivesarias é o fenómeno mais preocupante no segundo semestre de 2010, mas ressalva que é "mais pela violência que os grupos imprimem à actividade criminosa", assim como devido à "organização e capacidade de regeneração". José Manuel Anes lembra o assalto a uma ourivesaria em Alenquer, no dia 18 de Novembro, em que os assaltantes aplicaram uma "violência extrema" e que provocou três feridos. Mas, além da agressividade, o presidente do OSCOT destaca a organização da quadrilha, "um dia depois do assalto, as jóias já estavam a ser vistas em Espanha", aponta e é "também de salientar a preparação do assalto ocorido em Lisboa, num centro comercial do Saldanha".

E esta realidade surge como o outro lado dos assaltos a ourivesarias, ou seja a implicação de várias quadrilhas e uma ou duas parece ter base em Espanha - com origem no Leste europeu -, além das que já actuam directamente no nosso país, algumas com estrangeiros envolvidos, a serem investigadas pela PJ. Mas a "investigação é difícil, uma vez que envolve distintos 'modus operandi'.

Mas José Anes destaca igualmente o trabalho que está a ser desenvolvido pela PJ para acabar com as cifras negras, os incidentes que normalmente envolvem grupos criminosos e que só muito raramente são comunicados.

Jornal de Notícias
 
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