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GF Ouro
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Nos últimos 12 meses, mais 42 mil pessoas tiveram direito ao Rendimento Social de Inserção. Ao todo já há 346.194 beneficiários. Os especialistas alertam que a tendência de aumento vai ser agravada por causa da crise.
Segundo os dados divulgados pela Segurança Social, existiam em Setembro 125.521 famílias com processamento, um aumento de 15,2% (+16.626 famílias) relativamente ao mesmo mês do ano anterior e de 32,35% (+30.687) comparando com 2006. Também no número de beneficiários se registaram aumentos significativos nos últimos anos. Se em Setembro de 2006 existiam 262.071 apoiados pelo RSI, em apenas dois anos passaram a ser 346.194 (+32%).
"Perante a situação social que o país está a viver, com muitas pessoas a perder o emprego, a esgotar o direito à protecção no desemprego e ainda face ao trabalho precário é de prever que muitos recorram a esta prestação que é a rede mínima de protecção social em Portugal", explica Maria do Carmo Tavares, da Comissão de Acompanhamento do RSI. E, na sua opinião, é de prever que os pedidos venham a aumentar ainda mais porque "o agravar da situação social e a grande vulnerabilidade de muitas camadas da população, onde também se incluem os trabalhadores, vai desencadear um aumento da pobreza e o recurso ao RSI".
Também Eugénio Fonseca, presidente da Cáritas e vice-presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade Social, acredita que, com a crise, o número de beneficiários de RSI "vai continuar a crescer, sem dúvida alguma". Para já, estes aumentos "poderão ter a ver já com as consequências da crise que está anunciada e que vai ter repercussões preocupantes para muitas famílias, especialmente nas mais pobres que são as que recorrem ao RSI".
É por isso que Eugénio Fonseca acredita que o RSI poderá ter um papel fundamental nos próximos tempos já que "como medida de protecção social e criada como um direito a que os cidadãos mais pobres têm de aceder para minorar a agressividade das carências, o RSI não será uma medida para resolver a crise mas para atenuar os casos onde ela se revelar com maior a agressividade".
Um olhar mais atento aos dados da Segurança Social, revela também que o distrito do Porto é o que tem mais peso no total de beneficiários nacionais. Nos seus 18 municípios residem mais de um terço dos beneficiários do RSI, mais concretamente 114.722. Aliás, nos últimos quatro anos o número de pessoas a ter apoio neste distrito cresceu 42%. Refira-se que só nos últimos 12 meses houve um aumento de 13%.
Já o distrito de Lisboa, apesar de ter tido um aumento de 40,3% no número de beneficiários no último ano, regista um aumento de 25% de apoiados em relação a 2004. Actualmente, são 51.889 os beneficiários deste distrito, quando em 2004 eram 41.502. Ou seja, o distrito do Porto tem mais do dobro de pessoas a receber o RSI do que o de Lisboa. Em termos de população, diga-se ainda que uma em cada 17 pessoas do Porto recebe RSI, enquanto, em Lisboa, apenas uma em 40 se qualifica para tal.
O distrito de Aveiro merece também destaque já que nos últimos quatro anos o número de pessoas com apoio do RSI diminuiu 15,7%. Refira-se ainda que no último ano apenas os distrito de Leiria, Santarém e a Região Autónoma da Madeira diminuíram o número de beneficiários.
@ JN
Segundo os dados divulgados pela Segurança Social, existiam em Setembro 125.521 famílias com processamento, um aumento de 15,2% (+16.626 famílias) relativamente ao mesmo mês do ano anterior e de 32,35% (+30.687) comparando com 2006. Também no número de beneficiários se registaram aumentos significativos nos últimos anos. Se em Setembro de 2006 existiam 262.071 apoiados pelo RSI, em apenas dois anos passaram a ser 346.194 (+32%).
"Perante a situação social que o país está a viver, com muitas pessoas a perder o emprego, a esgotar o direito à protecção no desemprego e ainda face ao trabalho precário é de prever que muitos recorram a esta prestação que é a rede mínima de protecção social em Portugal", explica Maria do Carmo Tavares, da Comissão de Acompanhamento do RSI. E, na sua opinião, é de prever que os pedidos venham a aumentar ainda mais porque "o agravar da situação social e a grande vulnerabilidade de muitas camadas da população, onde também se incluem os trabalhadores, vai desencadear um aumento da pobreza e o recurso ao RSI".
Também Eugénio Fonseca, presidente da Cáritas e vice-presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade Social, acredita que, com a crise, o número de beneficiários de RSI "vai continuar a crescer, sem dúvida alguma". Para já, estes aumentos "poderão ter a ver já com as consequências da crise que está anunciada e que vai ter repercussões preocupantes para muitas famílias, especialmente nas mais pobres que são as que recorrem ao RSI".
É por isso que Eugénio Fonseca acredita que o RSI poderá ter um papel fundamental nos próximos tempos já que "como medida de protecção social e criada como um direito a que os cidadãos mais pobres têm de aceder para minorar a agressividade das carências, o RSI não será uma medida para resolver a crise mas para atenuar os casos onde ela se revelar com maior a agressividade".
Um olhar mais atento aos dados da Segurança Social, revela também que o distrito do Porto é o que tem mais peso no total de beneficiários nacionais. Nos seus 18 municípios residem mais de um terço dos beneficiários do RSI, mais concretamente 114.722. Aliás, nos últimos quatro anos o número de pessoas a ter apoio neste distrito cresceu 42%. Refira-se que só nos últimos 12 meses houve um aumento de 13%.
Já o distrito de Lisboa, apesar de ter tido um aumento de 40,3% no número de beneficiários no último ano, regista um aumento de 25% de apoiados em relação a 2004. Actualmente, são 51.889 os beneficiários deste distrito, quando em 2004 eram 41.502. Ou seja, o distrito do Porto tem mais do dobro de pessoas a receber o RSI do que o de Lisboa. Em termos de população, diga-se ainda que uma em cada 17 pessoas do Porto recebe RSI, enquanto, em Lisboa, apenas uma em 40 se qualifica para tal.
O distrito de Aveiro merece também destaque já que nos últimos quatro anos o número de pessoas com apoio do RSI diminuiu 15,7%. Refira-se ainda que no último ano apenas os distrito de Leiria, Santarém e a Região Autónoma da Madeira diminuíram o número de beneficiários.
@ JN