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A Igreja católica de Cuba apelou quinta-feira a uma flexibilização «das restrições às liberdades» na ilha comunista para permitir uma abertura económica, criticando «os fariseus da política», que reduzem a questão a «um dilema entre socialismo e capitalismo».
«Os cubanos aspiram a mais desenvolvimento e oportunidades e, para um desenvolvimento integral, são necessárias menos restrições às liberdades individuais e coletivas», escreveu a Palabra Nueva, revista bimestral da Igreja católica de Cuba, a alguns dias da realização, no domingo, de uma importante sessão do Parlamento cubano, presidido por Raul Castro.
O Parlamento deve discutir a abertura de pequenos comércios privados durante essa sessão.
«Como aceitar que um estrangeiro possa investir no meu país e eu não? Podemos justificar o tratamento infantil de algumas das nossas leis em relação aos cidadãos?», prosseguiu o editorial de Orlando Marquez, diretor da revista, mas também porta-voz do arcebispo de Havana, o cardeal Jaime Ortega. «Não há qualquer razão capaz de explicar as limitações ao exercício da liberdade humana, nem argumentos que possam dar razão ao excesso de controlos burocráticos», escreveu.
A questão não é reduzir o dilema (entre) capitalismo e socialismo, a armadilha preferida dos imobilistas e fariseus da política», considerou Marquez. «Estes termos vão continuar a existir durante muito tempo, mas a realidade humana (...) é superior a qualquer tentativa de classificação, nomeadamente numa época singular como a nossa, onde os capitalistas chineses são bem-vindos ao Partido comunista do seu país enquanto o governo dos Estados Unidos se socorre dos comunistas para aprovar fórmulas que garantam um maior controlo do Estado», sublinhou o texto.
A Igreja Católica de Cuba, que apela, há alguns meses, a reformas para relançar uma economia «à beira da rutura», começou, em meados de Maio, uma mediação junto de Raul Castro em prol dos prisioneiros políticos. Vinte e um deles já foram libertados, graças à intervenção da Igreja, e 32 outros devem sê-lo até ao fim do mês de Outubro.
Diário Digital / Lusa
«Os cubanos aspiram a mais desenvolvimento e oportunidades e, para um desenvolvimento integral, são necessárias menos restrições às liberdades individuais e coletivas», escreveu a Palabra Nueva, revista bimestral da Igreja católica de Cuba, a alguns dias da realização, no domingo, de uma importante sessão do Parlamento cubano, presidido por Raul Castro.
O Parlamento deve discutir a abertura de pequenos comércios privados durante essa sessão.
«Como aceitar que um estrangeiro possa investir no meu país e eu não? Podemos justificar o tratamento infantil de algumas das nossas leis em relação aos cidadãos?», prosseguiu o editorial de Orlando Marquez, diretor da revista, mas também porta-voz do arcebispo de Havana, o cardeal Jaime Ortega. «Não há qualquer razão capaz de explicar as limitações ao exercício da liberdade humana, nem argumentos que possam dar razão ao excesso de controlos burocráticos», escreveu.
A questão não é reduzir o dilema (entre) capitalismo e socialismo, a armadilha preferida dos imobilistas e fariseus da política», considerou Marquez. «Estes termos vão continuar a existir durante muito tempo, mas a realidade humana (...) é superior a qualquer tentativa de classificação, nomeadamente numa época singular como a nossa, onde os capitalistas chineses são bem-vindos ao Partido comunista do seu país enquanto o governo dos Estados Unidos se socorre dos comunistas para aprovar fórmulas que garantam um maior controlo do Estado», sublinhou o texto.
A Igreja Católica de Cuba, que apela, há alguns meses, a reformas para relançar uma economia «à beira da rutura», começou, em meados de Maio, uma mediação junto de Raul Castro em prol dos prisioneiros políticos. Vinte e um deles já foram libertados, graças à intervenção da Igreja, e 32 outros devem sê-lo até ao fim do mês de Outubro.
Diário Digital / Lusa