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DCIAP faz buscas no Governo Regional da Madeira
A Secretaria Regional do Equipamento Social está a ser alvo de buscas por parte do Ministério Público.
Ao que o SOL apurou, a operação está a ser efectuada pelo Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) no âmbito do inquérito aberto no final do ano passado sobre o ‘buraco’ das contas públicas da região autónoma.
Em causa estão centenas de milhões de euros em empreitadas públicas adjudicadas pelo Governo Regional sem a devida cabimentação orçamental e às escondidas do Ministério das Finanças e das entidades supervisoras nacionais.
Entretanto, as ligações telefónicas da Secretaria Regional com o exterior foram cortadas.
O acesso ao edifício da antiga secretária regional do Equipamento Social, no Funchal está interditado na sequência de diligências da GNR solicitadas pela Direcção Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP), constatou a Lusa no local.
Neste imóvel funcionam diversos serviços e organismos tutelados pelo Governo da Madeira, entre os quais a Investimentos Habitacionais da Madeira (IHM), a empresa Estradas da Madeira e as direcções regionais dos Edifícios Públicos, Infra-estruturas e Equipamentos e o Ambiente.
Fonte da Guarda Nacional Republicana (GNR) confirmou estar em curso uma operação sob a responsabilidade da DCIAP, estando previstas ao longo desta semana outras diligências na região.
«Esta operação envolve 25 militares de várias áreas da GNR e peritos de informática do DCIAP», acrescentou Paulo Saraiva Soares, explicando que a «a GNR é o órgão de polícia criminal responsável pela execução e algumas diligências que estão a ser executadas».
Desde o início da manhã os funcionários e restante público foram informados pelos elementos da GNR que «não podiam sair do edifício» e aqueles que quisessem entrar «não tinham garantia da hora para sair», relataram várias pessoas.
Esta situação manteve-se até cerca das 11h30, altura em que um dos funcionários da IHM disse á saída aos jornalistas que «tiveram ordens para não sair, nem telefonar», adiantando «desconhecer o motivo da operação».
Os telemóveis de todos os responsáveis dos serviços que funcionam naquele edifício estão desligados e fonte da Vice-presidência contactada pela agência Lusa garantiu também «desconhecer o que se passa».
SOL com Lusa