Matapitosboss
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Depósitos de sal descobertos em Marte evidenciam a existência de água em um passado remoto e podem oferecer provas de alguma forma de vida no planeta vermelho, segundo um estudo divulgado nesta sexta-feira pela revista "Science".
Os depósitos de minerais de cloreto foram descobertos por uma câmara instalada na sonda Odyssey, que viaja em órbita marciana.
Por meio da câmara do Themis (Sistema de Imagem de Emissão Termal da Odyssey, na sigla em inglês), os cientistas da Universidade do Havaí, da Universidade Estadual do Arizona e do JPL (Laboratório de Propulsão a Jato, na sigla em inglês), da Nasa (agência espacial dos EUA), descobriram cerca de 200 lugares no hemisfério sul de Marte com características que revelam a existência dessas jazidas minerais.
"A Themis nos permite olhar com detalhes o espectro infravermelho termal, que é o melhor para encontrar depósitos de sal longínquos da órbita", disse Philip Christensen, cientista da Universidade Estadual do Arizona.
Cores
As reservas de sal aparecem nas latitudes médias e baixas do planeta, onde o terreno é muito antigo e cheio de crateras, afirmaram os cientistas em seu relatório.
Segundo Mikki Osterloo, da Universidade do Havaí, os cientistas fizeram a descoberta ao perceber mudanças de cores nas imagens proporcionadas por Themis.
"Comecei a observar esses lugares porque mostravam um azul intenso em um conjunto de imagens, verde em um segundo conjunto e laranja amarelado em outro", disse a geóloga, autora principal do relatório.
Segundo Christensen, muitos dos depósitos se encontram em conchas nas quais desembocam uma série de canais.
"Esses são os tipos de características, como as da Terra, que revelam o fluxo de água durante um tempo prolongado", disse.
Quente e húmido
Os cientistas dizem acreditar que os depósitos de sal se formaram entre 3,9 milhões e 3,5 milhões de anos, época em o planeta era provavelmente muito mais húmido e quente.
Christensen afirma que "por sua natureza, os depósitos de sal apontam para a existência de muita água, que pode ter existido em lagoas antes de sua evaporação".
"Isso é crucial. Para a vida é indispensável que haja um habitat que se mantenha durante algum tempo", acrescentou.
Por outro lado, existe o que o cientista qualificou como "efeito de concentração".
Os depósitos estão em conchas sedimentares e, provavelmente, qualquer rastro de material orgânico se dispersou com o fluir da água.
No entanto, durante um tempo muito longo, "a água que fluiu até a bacia pôde concentrar os materiais orgânicos e é possível que agora estejam bem preservados no sal", declarou a autora do estudo.
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Os depósitos de minerais de cloreto foram descobertos por uma câmara instalada na sonda Odyssey, que viaja em órbita marciana.
Por meio da câmara do Themis (Sistema de Imagem de Emissão Termal da Odyssey, na sigla em inglês), os cientistas da Universidade do Havaí, da Universidade Estadual do Arizona e do JPL (Laboratório de Propulsão a Jato, na sigla em inglês), da Nasa (agência espacial dos EUA), descobriram cerca de 200 lugares no hemisfério sul de Marte com características que revelam a existência dessas jazidas minerais.
"A Themis nos permite olhar com detalhes o espectro infravermelho termal, que é o melhor para encontrar depósitos de sal longínquos da órbita", disse Philip Christensen, cientista da Universidade Estadual do Arizona.
Cores
As reservas de sal aparecem nas latitudes médias e baixas do planeta, onde o terreno é muito antigo e cheio de crateras, afirmaram os cientistas em seu relatório.
Segundo Mikki Osterloo, da Universidade do Havaí, os cientistas fizeram a descoberta ao perceber mudanças de cores nas imagens proporcionadas por Themis.
"Comecei a observar esses lugares porque mostravam um azul intenso em um conjunto de imagens, verde em um segundo conjunto e laranja amarelado em outro", disse a geóloga, autora principal do relatório.
Segundo Christensen, muitos dos depósitos se encontram em conchas nas quais desembocam uma série de canais.
"Esses são os tipos de características, como as da Terra, que revelam o fluxo de água durante um tempo prolongado", disse.
Quente e húmido
Os cientistas dizem acreditar que os depósitos de sal se formaram entre 3,9 milhões e 3,5 milhões de anos, época em o planeta era provavelmente muito mais húmido e quente.
Christensen afirma que "por sua natureza, os depósitos de sal apontam para a existência de muita água, que pode ter existido em lagoas antes de sua evaporação".
"Isso é crucial. Para a vida é indispensável que haja um habitat que se mantenha durante algum tempo", acrescentou.
Por outro lado, existe o que o cientista qualificou como "efeito de concentração".
Os depósitos estão em conchas sedimentares e, provavelmente, qualquer rastro de material orgânico se dispersou com o fluir da água.
No entanto, durante um tempo muito longo, "a água que fluiu até a bacia pôde concentrar os materiais orgânicos e é possível que agora estejam bem preservados no sal", declarou a autora do estudo.
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