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Depressão Afecta Mais as Mulheres

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O Inverno chegou e com ele o aumento dos estados de depressão. É a chuva que não pára, é o frio a apertar e a solidão a que muitas pessoas se remetem. E as mulheres são as principais vítimas desta doença...
O Inverno chegou e com ele o aumento dos estados de depressão. É a chuva que não pára, é o frio a apertar e a solidão a que muitas pessoas se remetem. E as mulheres são as principais vítimas desta doença.

A depressão é a segunda doença nervosa mais comum na população, apenas abaixo das fobias. Trata-se de uma perturbação psicopatológica que se caracteriza por alterações de personalidade e das emoções. Esta doença tem contornos ainda indefinidos e provoca o sofrimento de milhões de pessoas em todo o Mundo, incluindo crianças.

A Organização Mundial de Saúde prevê que a depressão, que já apresenta taxas mais altas de absentismo que os casos de diabéticos, doentes reumáticos e hipertensos, será a segunda causa de incapacidade global em 2020, devido às proporções epidémicas que está a assumir, e será superada apenas pelas doenças cardíacas.

O estado geral do paciente é de desânimo e ansiedade, sentindo-se sem força para realizar as mais pequenas tarefas e apresentando-se triste sem razão aparente, dominado que está por uma sensação de vazio. Apatia e indiferença reinam e a percepção do mundo está totalmente modificada.
Independentemente da forma como se manifesta, a depressão conta com um conjunto de sintomas característicos entre os quais as chamadas manifestações somáticas, das quais se destacam a insónia e a hipersónia (o sono excessivo). Para realizar o diagnóstico da doença é necessário que os sintomas se mantenham por mais de duas semanas, permaneçam constantes a maior parte do dia e sejam acompanhados por deterioração da vida social e laboral.
A idade mais frequente para o aparecimento de uma depressão é a partir dos quarenta anos, embora se desenvolvam sintomas noutras idades, mesmo em crianças. Cerca de 5% da população desenvolve um episódio de depressão ao longo da vida.
Os mecanismos que desencadeiam a depressão baseiam-se em factores biológicos, tendo sido detectado nos pacientes uma alteração química entre as células do sistema nervoso. O factor genético é também importante para o desenvolvimento deste tipo de doença, assim como os aspectos ligados ao factor ambiental. Seguem-se os problemas que se deparam a todos a determinada altura da vida, quer seja no campo social, ou no emprego.
As mulheres parecem ser mais propensas a este tipo de doenças e determinados estudos revelam mesmo que as mulheres com mais de 65 anos que têm deficiência de vitamina B12 podem estar em risco de sofrer de depressão. Esta é uma vitamina que se encontra nas dietas mas também é ingerida como suplemento. Os períodos que antecedem a menstruação são também desencadeadores da depressão. As mulheres que não trabalham fora de casa, vêem a sua auto-estima reduzida, além de que muitas vezes estão também numa situação de dependência face ao marido, o que a leva a ficar decepcionada com o seu mundo.
Na terceira idade é mais difícil detectar o problema embora seja nesta altura da vida que a depressão atinge a sua maior incidência. Nos idosos prevalece a sensação de apatia, o tédio e a solidão. Muitas das vezes as queixas passam por sintomas físicos como dores, tensões, formigueiros e outras sensações.
No caso das crianças, os menores de vinte anos sofrem o dobro das depressões relativamente aos seus pais na mesma idade, em parte devido ao facto da cada vez maior insegurança que os jovens enfrentam em relação ao seu futuro. Em muitos dos casos estes estados permanecem ocultos porque as crianças não sabem expressar os seus problemas.
Para além destes, colocam-se ainda questões como os abusos sexuais ou verbais, as brigas familiares ou os ambientes hostis. A depressão infantil muitas das vezes expressa-se sob a forma de agressividade ou exibicionismo e no caso dos adolescentes em problemas alimentares, uso de drogas ou álcool, chegando mesmo ser tentado o suicídio. Alguns pais são demasiado exigentes para com os filhos, dando-lhes sempre indicações sobre o que fazer e não respeitando as ideias próprias da criança.
Em muitos casos, a cura faz-se de forma espontânea e a depressão desaparece aos poucos. Para muitas pessoas a saída mais fácil são os antidepressivos, com resultado imediato e não doloroso mas esta opção não dispensa a prescrição por parte do médico, embora nenhum antidepressivo acabe com a doença pela raiz.
As depressões podem ser desencadeadas a qualquer altura, sendo algumas comandadas por acontecimentos exteriores, enquanto outras são resultado de doenças graves. Um estado prolongado de cansaço pode deteriorar o sistema nervoso, que chegado ao limite pode desencadear a reacção por um pormenor insignificante.
Outras depressões são desencadeadas por uma perda, um falhanço, a entrada na reforma ou no desemprego, um acidente, um desgosto de amor, uma cura de emagrecimento, etc.
A melhor forma de lidar com a depressão é através da aprendizagem acerca da doença e acerca de cada um pessoalmente, mergulhando dentro de nós mesmos, desvendado caminhos que em princípio ignorávamos. Para nos conhecermos melhor é necessário destapar todos os medos, inseguranças e vergonhas que fomos ensinados a esconder.
E como é de pequeno que as coisas boas e más nos ficam mais marcadas, e para evitar que os seus filhos possam vir a sofrer com a doença, a melhor atitude é começar o mais depressa possível a ensiná-los a ter confiança em si mesmos e a aceitar a errar e a admitir os seus erros.




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