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Desafio ao bastonário OA

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Um dos elementos da PJ acusados de agredir a mãe de Joana quer ver Marinho Pinto no seu julgamento. Pereira Cristóvão responsabiliza o bastonário por este tipo de declarações. E acusa Marinho Pinto de “negar o princípio da presunção de inocência a cidadãos que ainda não foram julgados e de presumir a inocência a uma pessoa cuja sentença já transitou em julgado no Supremo Tribunal de Justiça”.


O ex-inspector da Polícia Judiciária Paulo Pereira Cristóvão, acusado pelo Ministério Público de ter agredido Leonor Cipriano para a obrigar a confessar a morte da filha, desafia o bastonário da Ordem dos Advogados a constituir-se assistente no processo que começará a ser julgado no próximo dia 24 em Faro.
“Era de homem se Marinho Pinto se constituísse assistente no processo a nível pessoal, em vez de se refugiar atrás da Ordem”, diz Pereira Cristóvão ao 24horas, acrescentando que também gostaria de ter visto o actual bastonário a constituir-se assistente num outro processo, arquivado pelo Ministério Público, em que se investigavam suspeitas de abusos sexuais sobre Joana Cipriano.
“Foi detectado esperma de um indivíduo identificado nas cuecas da menina, juntamente com sangue, e o processo foi arquivado. Aí também gostaria de ter visto Marinho Pinto a constituir-se assistente”, desabafa.
As declarações de Pereira Cristóvão - um dos inspectores da PJ que investigou o desaparecimento de Joana - seguem-se a um encontro realizado ontem à tarde entre o Procurador-geral da República e o presidente da Comissão dos Direitos Humanos da Ordem dos Advogados, José Augusto Rocha.
No final da reunião, José Augusto Rocha confirmou que a Ordem se constituiu assistente num processo que “realmente indicia a prática de sevícias e tortura”.
Este defendeu ontem ainda uma maior presença de advogados nas esquadras para evitar suspeitas de violência policial sobre os arguidos. José Augusto Rocha garante que à Ordem chegam “algumas queixas”, sendo “lamentável a existência de tais casos”.

Desesperado por condenação
Pereira Cristóvão responsabiliza o bastonário por este tipo de declarações. E acusa Marinho Pinto de “negar o princípio da presunção de inocência a cidadãos que ainda não foram julgados e de presumir a inocência a uma pessoa cuja sentença já transitou em julgado no Supremo Tribunal de Justiça”.
Recorde-se que Leonor e o seu irmão, João Cipriano, foram condenados a 16 anos de prisão pelos crimes de homicídio e ocultação de cadáver. Meses depois, no “Expresso”, Marinho Pinto publicou um artigo ilustrado com uma foto de Leonor onde esta exibia marcas alegadamente resultantes de agressão na PJ.
O processo conduziu a uma acusação a cinco inspectores. Leonel Marques, Pereira Cristóvão e Paulo Bom estão acusados de tortura. António Cardoso responde por falsificação de documento. E o,. à época, coordenador da PJ de Portimão, Gonçalo Amaral, encontra-se acusado dos crimes de falso testemunho e omissão de denúncia.
Em declarações ao 24horas, Pereira Cristóvão não poupa o actual bastonário da Ordem dos Advogados: “Está desesperado por uma condenação e nem sequer sabe o que está em causa neste processo”.


@ 24 Horas
 
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