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Devemos preocupar-nos com o novo vírus que está a afetar a China?
Aumento de infeções por HMPV está a levar à sobrelotação de hospitais.
Poucos dias depois de darmos as boas-vindas a 2025, a notícia do aumento do número de pessoas infetadas por um novo vírus na China começou a deixar o mundo em alerta. O metapneumovirus humano (HMPV) - uma doença respiratória que provoca sintomas de gripe ou constipação - começou a registar um pico considerável nas províncias do norte da China, sobretudo entre as crianças com menos de quatro anos.
De acordo com o Independent, há relatos de hospitais e unidades de cuidados intensivos sobrelotados. As preocupações cresceram quando surgiram sinais de que o surto se tinha propagado. Foram detetados casos na Índia, na Malásia e no Cazaquistão.
O número de casos de HMPV no Reino Unido está a aumentar ligeiramente de semana para semana. E há ainda relatórios, que foram divulgados esta terça-feira, a confirmar que os casos nos EUA tinham duplicado para 300.
Foi há cerca de cinco anos, em janeiro de 2020, que surgiram rumores sobre o surto de um vírus mortal na China. Recorde-se que apenas um mês depois é que a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou o nome oficial da estirpe - Covid-19.
Nessa altura, o vírus era algo pouco preocupante até começarem a ser divulgados casos por toda a Europa. Pouco tempo depois, o mundo estava em confinamento.
Cinco anos depois, o mundo está mais atento ao que pode acontecer quando se ignoram sinais. É provavelmente por isso que, quando esta semana surgiram manchetes na imprensa internacional sobre um vírus “emergente” na China, muitos ficaram em alerta.
De acordo com o Independent, as autoridades de vários países estão a acompanhar atentamente a situação e é pedida à China transparência na informação sobre este vírus. Nas redes sociais, já há especulação e desinformação a circular. Inicialmente, a China também minimizou a gravidade do vírus que viria a provocar a pandemia de Covid-19.
No entanto, Pequim está a tratar este vírus como uma ocorrência normal no inverno.
Até que ponto devemos estar preocupados?
Ao contrário da Covid-19, o HMPV é um vírus “antigo” que foi identificado pela primeira vez em 2000. A maioria das pessoas contrai-o antes de atingir os 40 anos de idade.
Investigadores estimam que cerca de 10 a 12% das doenças respiratórias nas crianças são causadas pelo HMPV. Os especialistas acreditam que o vírus não seja tão infecioso como o coronavírus - o seu período de incubação é de três a seis dias - nem tão grave. As taxas de mortalidade são muito mais baixas.
Tosse, febre, congestão nasal e fadiga são os sintomas provocados pelo vírus. Ao contrário da Covid-19, não há vacina ou tratamento antiviral específico para HMPV.
No entanto, embora a maioria dos casos sejam ligeiros, o vírus pode causar infeções respiratórias ou até mesmo pneumonia.
Simon Williams, investigador na área da saúde pública, refere que o facto de a Covid-19 ter começado na China faz com que as pessoas olhem para este vírus com medo do desconhecido e com receio de que possa transformar-se noutra pandemia.
Para o especialista, a gripe aviária nos EUA oferece maior risco do que aquele que o HMPV representa atualmente.
Correio da Manhã

Aumento de infeções por HMPV está a levar à sobrelotação de hospitais.
Poucos dias depois de darmos as boas-vindas a 2025, a notícia do aumento do número de pessoas infetadas por um novo vírus na China começou a deixar o mundo em alerta. O metapneumovirus humano (HMPV) - uma doença respiratória que provoca sintomas de gripe ou constipação - começou a registar um pico considerável nas províncias do norte da China, sobretudo entre as crianças com menos de quatro anos.
De acordo com o Independent, há relatos de hospitais e unidades de cuidados intensivos sobrelotados. As preocupações cresceram quando surgiram sinais de que o surto se tinha propagado. Foram detetados casos na Índia, na Malásia e no Cazaquistão.
O número de casos de HMPV no Reino Unido está a aumentar ligeiramente de semana para semana. E há ainda relatórios, que foram divulgados esta terça-feira, a confirmar que os casos nos EUA tinham duplicado para 300.
Foi há cerca de cinco anos, em janeiro de 2020, que surgiram rumores sobre o surto de um vírus mortal na China. Recorde-se que apenas um mês depois é que a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou o nome oficial da estirpe - Covid-19.
Nessa altura, o vírus era algo pouco preocupante até começarem a ser divulgados casos por toda a Europa. Pouco tempo depois, o mundo estava em confinamento.
Cinco anos depois, o mundo está mais atento ao que pode acontecer quando se ignoram sinais. É provavelmente por isso que, quando esta semana surgiram manchetes na imprensa internacional sobre um vírus “emergente” na China, muitos ficaram em alerta.
De acordo com o Independent, as autoridades de vários países estão a acompanhar atentamente a situação e é pedida à China transparência na informação sobre este vírus. Nas redes sociais, já há especulação e desinformação a circular. Inicialmente, a China também minimizou a gravidade do vírus que viria a provocar a pandemia de Covid-19.
No entanto, Pequim está a tratar este vírus como uma ocorrência normal no inverno.
Até que ponto devemos estar preocupados?
Ao contrário da Covid-19, o HMPV é um vírus “antigo” que foi identificado pela primeira vez em 2000. A maioria das pessoas contrai-o antes de atingir os 40 anos de idade.
Investigadores estimam que cerca de 10 a 12% das doenças respiratórias nas crianças são causadas pelo HMPV. Os especialistas acreditam que o vírus não seja tão infecioso como o coronavírus - o seu período de incubação é de três a seis dias - nem tão grave. As taxas de mortalidade são muito mais baixas.
Tosse, febre, congestão nasal e fadiga são os sintomas provocados pelo vírus. Ao contrário da Covid-19, não há vacina ou tratamento antiviral específico para HMPV.
No entanto, embora a maioria dos casos sejam ligeiros, o vírus pode causar infeções respiratórias ou até mesmo pneumonia.
Simon Williams, investigador na área da saúde pública, refere que o facto de a Covid-19 ter começado na China faz com que as pessoas olhem para este vírus com medo do desconhecido e com receio de que possa transformar-se noutra pandemia.
Para o especialista, a gripe aviária nos EUA oferece maior risco do que aquele que o HMPV representa atualmente.
Correio da Manhã