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Diário de um cão

bertinho46

GF Ouro
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Diário de um cão,,,,

Obs: se gosta de animais leia até ao fim se conseguir!!!
e chore se quiser!!!


1ª semana
Hoje faz uma semana que nasci. Que alegria ter chegado a esse mundo!!!

1 mês
Minha mãe cuida muito bem de mim. É uma mãe exemplar.

2 meses
Hoje me separaram da minha mãe.
Ela estava muito inquieta e com seus olhos me disse adeus como esperando que
minha nova "famíla humana" cuidasse bem de mim, como ela havia feito.

4 meses
Cresci muito rápido, tudo chama a minha atenção.
Há várias crianças na casa que são como meus "irmãozinhos". Somos muito levados,
eles me jogam uma bola e eu os mordo jogando.

5 meses
Hoje me castigaram, minha dona se zangou porque fiz "xixi" dentro da casa...
mas nunca me disseram onde eu deveria fazer.
E como eu durmo lá dentro eu não me agüentei!!!

6 meses
Sou um cão feliz. Tenho o calor de um lar, sinto-me seguro e protegido...Creio que minha família humana me ama muito. Quando estão comendo me convidam, o pátio é somente para mim e eu estou sempre cavando, como os meus antepassados lobos, quando escondiam a comida. Nunca me educam, seguramente porque nada faço de errado.

12 meses
Hoje completei um ano. Sou um cão adulto e meus donos dizem que
cresci mais do que eles esperavam. Que orgulhosos devem estar de mim!!!

13 meses
Como me senti mal hoje. Meu "irmãozinho" tirou a minha bola.
Como nunca pego seus brinquedos fui atrás dele e o mordi.
Mas como meus dentes estão muito fortes, machuquei-o sem querer.
Depois do susto me prenderam e quase não posso me mover para tomar um pouco de sol.
Dizem que sou ingrato e que vão me deixar em observação (certamente não me vacinaram).
Não entendo nada do que está acontecendo.

15 meses
Tudo mudou. Vivo preso no pátio, numa corrente. Me sinto muito só.
Minha família já não me quer. Às vezes esquecem que tenho
fome e sede e quando chove não tenho teto que me cubra.

16 meses
Hoje me tiraram da corrente. Pensei que tinham me perdoado e fiquei tão
contente que dava saltos de alegria e meu rabo balançava.
Parece que vou passear com eles. Subimos no carro e andamos um grande trecho quando pararam.
Abriram a porta e eu desci correndo, feliz, crendo que era dia de passeio no campo.
Não entendo porque fecharam a porta e se foram. "Esperem"!!! - lati..."esqueceram de mim...!!!".
Corri atrás do carro com todas as minhas forças. Minha angústia aumentou ao perceber
que o carro se afastava e eles não paravam.
Tinham me abandonado.

17 meses
Procurei, em vão, achar o caminho de volta à casa. Sentei-me no caminho,
estou perdido e algumas pessoas de bom coração que me olham com tristeza e me dão algo de comer.
Eu agradeço com um olhar do fundo de minha alma. Quisera que me adotassem,
eu seria leal como ninguém. Porém eles apenas dizem: "- pobre cãozinho, deve estar perdido".

18 meses
Outro dia passei por uma escola e vi muitas crianças e jovens como
meus "irmãozinhos". Cheguei perto e um grupo deles, dando risadas,
atirou-me uma chuva de pedras "para ver quem tinha melhor pontaria".
Uma dessas pedras atingiu um dos meus olhos e desde então não enxergo com ele.

19 meses
Parece mentira mas quando eu estava mais bonito as pessoas se compadeciam mais comigo.
Agora que estou muito fraco, com um aspecto bem mudado pois perdi meu olho,
as pessoas me tratam a pontapés quando pretendo deitar-me à sombra.

20 meses
Quase não posso me mover. Hoje, ao atravessar a rua por onde passam os carros,
um deles me atropelou. Pelo que sei, estava num lugar seguro chamado "sarjeta",
mas nunca vou me esquecer do olhar de satisfação do motorista.
Antes tivesse me matado, porém só me deslocou a cadeira.
A dor é terrível, minhas patas traseiras não me respondem e com dificuldade me
arrastei até uma moita fora da estrada. Já fazem 10 dias que estou em baixo de sol,
chuva e frio, sem comer. Não posso me mover, a dor é insuportável.
Sinto-me muito mal, estou num lugar úmido e parece que meu pêlo está caindo.
Algumas pessoas passam e não me vêem. Outras dizem: "- não se aproxime".
Já estou quase inconsciente, porém uma força estranha me fez abrir os olhos.

A doçura de sua voz me fez reagir. "Pobre cãozinho,
veja como te deixaram"- dizia. Junto a ela estava um senhor de roupa
branca que começou a tocar-me e disse: "- Sinto muito senhora,
mas esse cão já não tem remédio, o melhor é que deixe de sofrer".
A gentil dama consentiu, com os olhos cheios de lágrimas.
Como pude, mexi o rabo e olhei para ela agradecendo por me ajudar a descansar.
Senti somente a picada da injeção e dormi para sempre.

Pensando em porque nasci, se ninguém me queria.


( PEA,,projecto esperança animal )

“Os animais foram criados pela mesma mão caridosa de Deus que nos criou…
É nosso dever protegê-los e promover o seu bem-estar.”
Madre Teresa de Calcutá
 
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