kokas
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Rejeitada por 71% dos brasileiros, presidente supera Collor. Dois partidos da base aliada rompem com o governo. Vice-presidente diz que é preciso alguém para unificar o país
Dilma Rousseff, do Partido dos Trabalhadores (PT), começa a ser atropelada por um agosto que já se previa terrível: na primeira sondagem do mês, a presidente do Brasil, reeleita há 10 meses, tornou-se a mais impopular desde que há histórico de sondagens, com 71% de brasileiros a reprovarem a sua atuação, divulgou ontem o Datafolha.
Na noite da véspera, o governo que lidera sofreu mais uma derrota na Câmara dos Deputados, ao ver aprovada uma emenda laboral que representa um aumento de 2,5 mil milhões de reais de despesas nas contas públicas (cerca de 700 milhões de euros), em época de ajuste orçamental. Na sequência, dois dos partidos que formam a base aliada do governo dissidiram. E ao final da noite, a presidente ainda ouviu o seu vice dizer que o país precisa de alguém que o reunifique.
Na sondagem, os 71% de rejeição é um número que bate o pior momento de Collor de Mello. Meses antes de cair via impeachment em 1992, o primeiro presidente eleito diretamente pelo povo somava 68 pontos negativos. O antecessor de Dilma, Lula da Silva, em 2005, no auge do escândalo da compra de deputados conhecido por Mensalão, tinha meros 25% dos brasileiros a considerá-lo "mau ou péssimo", ainda assim o seu pior registo.
Acresce que dois terços dos ouvidos pelo Datafolha (66%), instituto de pesquisa do grupo Folha de S. Paulo, responde sim à pergunta "o Congresso deveria abrir um processo de impeachment à presidente?" E mais de metade (53%) não tem dúvidas de que Dilma acabará afastada. Pela primeira vez no Datafolha a aprovação baixa dos 10%, ficando-se pelos 8%
dn