• Olá Visitante, se gosta do forum e pretende contribuir com um donativo para auxiliar nos encargos financeiros inerentes ao alojamento desta plataforma, pode encontrar mais informações sobre os várias formas disponíveis para o fazer no seguinte tópico: leia mais... O seu contributo é importante! Obrigado.

Dirigente comunista Joaquim Gomes morreu aos 93 anos

florindo

Administrator
Team GForum
Entrou
Out 11, 2006
Mensagens
38,982
Gostos Recebidos
343
O dirigente comunista Joaquim Gomes, um dos participantes na fuga da cadeia de Peniche com Álvaro Cunhal, morreu hoje, sábado, aos 93 anos, anunciou o secretariado do comité central do Partido Comunista Português.
ng1382025.jpg

Segundo um comunicado do PCP, Joaquim Gomes era "um dos mais destacados dirigentes comunistas da história" do partido, que "dedicou toda a sua vida à luta da classe operária, dos trabalhadores e do povo português".

O corpo de Joaquim Gomes estará em câmara ardente durante o dia de hoje, na casa mortuária da Igreja de São Francisco de Assis, em Lisboa, realizando-se o funeral no domingo, pelas 13 horas, para o cemitério do Alto de São João, onde o corpo será cremado pelas 14 horas.

Natural da Marinha Grande, Joaquim Gomes nasceu a 4 de Março de 1917 e "com apenas seis anos" tornou-se operário aprendiz na indústria vidreira, refere o comunicado.

Na década de 1930 ingressa no PCP e lidera "as primeiras lutas dos aprendizes por reivindicações salariais e contra o trabalho violento e as arbitrariedades do patronato", tendo sido preso pela primeira vez aos 16 anos.

Joaquim Gomes passou à clandestinidade em 1952 e cinco anos mais tarde tornou-se membro efectivo do comité central.

"Foi preso por três vezes pela PIDE e por duas vezes fugiu da cadeia. Uma das suas fugas foi a célebre fuga de Peniche, com Álvaro Cunhal, Jaime Serra, Carlos Costa e outros destacados militantes do Partido", refere o comunicado.

Depois do 25 de Abril Joaquim Gomes exerceu vários cargos dentro do Partido Comunista, até ao fim da sua vida, tendo sido deputado eleito pelo distrito de Leiria entre 1976 e 1987.

"Modesto e discreto, Joaquim Gomes deixa-nos recordações de uma vida de dedicação e de exemplo da resistência ao fascismo, de luta pela liberdade, a democracia e o socialismo. Lega-nos um exemplo de coragem e abnegação revolucionária, reveladoras da vontade e firmeza inquebrantável na luta ao serviço da classe operária, do povo e da pátria", afirma o secretariado do comité central.

JN
 
Topo