kokas
GF Ouro
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"Disse ao André que íamos para o céu e ele perguntou como lá chegávamos. Não respondi. Saí de casa com ele, fomos ao parque infantil. Depois, fui para o cais com o menino. Ia com a ideia de acabar com a minha vida e com a dele. Hesitei e, entretanto, o André largou-me a mão e caiu à água", contou a mãe, que não conseguiu, no entanto, explicar como se deu a queda.
Anabela relatou ao coletivo de juízes que andava deprimida desde o nascimento do filho. Disse que o menino adoecia com frequência. "Naquele dia chorei à hora do almoço e disse ao meu marido que o menino não merecia sofrer daquela forma. Geralmente, não desabafava com ele. O meu marido trabalhava muito, ele tinha mais em que pensar", disse.
A arguida, de 38 anos, e que há dois anos teve uma filha, alegou ainda que depois de o menino ter desaparecido no rio, pelas 17h00, se atirou à água também e que ali ficou a boiar até às 08h00 do dia a seguir, apesar de não saber nadar. O MP duvida, até porque o cais se situa a mais de quatro quilómetros da zona onde a mãe foi encontrada pelos remadores, já junto à ponte D. Luís, no Porto. "É improvável que tal tenha acontecido dessa forma. As águas são muito frias", disse Fragoso Gouveia, que na altura era responsável pela Capitania do Douro. A próxima sessão foi marcada para o dia 24.
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