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Duelo entre Dilma Rousseff e manifestantes deu empate

kokas

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Set 27, 2006
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Opositores comemoram protestos que ficaram abaixo da expectativa e presidente brasileira tenta ignorá-los porque ambos sabem que ninguém ganhou. Poderosos deram mão ao governo. Povo deu nome aos bois
À mesma hora em que Aécio Neves discursava com a Constituição da República numa mão e um altifalante na outra, as veias a saltarem-lhe do pescoço e a voz cada vez mais rouca como se depois do 16 de agosto não houvesse amanhã, a presidente Dilma Rousseff decidia finalmente lançar uma reação, ansiosamente aguardada pelas oposições e pelas redações, em forma de tweet. "O Brasil encerra os Jogos Parapan-americanos de Toronto em primeiro lugar no quadro de medalhas, foram 109 ouros, parabéns!", escreveu, em menos de 140 caracteres.
Dilma, do Partido dos Trabalhadores (PT), fingiu que não viu nem ouviu as manifestações, Aécio, do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), deu-lhes uma dimensão que elas não tiveram. Duas estratégias, um mesmo objetivo: tentar transformar em vitória aquilo que na realidade foi um empate.
Ao irem às ruas em menor número do que nas manifestações de 15 de março - mas mais do que na réplica de abril - os brasileiros passaram duas mensagens: sim, estão fartos do governo que deixou o país afundar-se numa crise de dimensões indefinidas, mas não sentem ânimo para enfrentar os custos de fazer cair democraticamente a presidente brasileira que foi reeleita há dez meses. Um balão de oxigénio para Dilma Rousseff - mas pequenino.
"Uma manifestação maior do que a de março seria um furacão, assim foi um tornado", resumiu José Roberto de Toledo, colunista do jornal O Estado de S. Paulo. "Mesmo forte, o vento foi insuficiente para tirar a sustentação presidencial", prosseguiu na sua metáfora meteorológica.


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