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Economia portuguesa vai sofrer 'contracção sem precedente' entre 2011 e 2013
A economia portuguesa vai sofrer, no período entre 2011 e 2013, «uma contracção que não tem precedente» histórico, adverte o Banco de Portugal (BdP) no seu Boletim Económico de Inverno, hoje publicado.
Segundo as previsões do BdP, o Produto Interno Bruto (PIB) português contraiu-se 1,6 por cento em 2011, vai cair 3,1 por cento em 2012 e só crescerá 0,3 por cento em 2013. Estas projecções são, em termos gerais, mais pessimistas que as avançadas anteriormente pelo Governo e pela troika.
O Banco também está à espera de «uma contracção sem precedente do consumo privado, em particular do consumo de bens duradouros» no período em análise.
Esta redução deve-se, em parte, às medidas de contenção orçamental do Governo, como o aumento de impostos ou o cancelamento de subsídios.
Essas medidas «implicam uma contracção do consumo e do investimento» do Estado, sobretudo em 2012, mas deverão «criar condições para um crescimento sustentável no longo prazo».
A contracção da actividade económica deverá sentir-se sobretudo no sector de «bens e serviços não transaccionáveis» (por exemplo, distribuição ou imobiliário). Pelo contrário, o sector dos bens transaccionáveis poderá beneficiar do crescimento das exportações.
O BdP nota ainda que «as condições de financiamento da economia portuguesa deverão manter-se restritivas», com a continuação do processo de desalavancagem (desendividamento) da banca.
O BdP nota ainda que os «riscos» para as projecções do Boletim de Inverno são no sentido negativo. Isto é, as probabilidades de a economia evoluir ainda pior que o previsto são superiores às de haver uma surpresa positiva.
O principal fator de incerteza tem a ver com o enquadramento internacional da economia portuguesa. Ou seja, há uma hipótese forte de a procura externa dirigida aos produtos portugueses se reduzir mais que o previsto, o que teria como consequência um crescimento mais moderado das exportações.
O BdP também nota que não é possível prever com total certeza os impactos das medidas de austeridade, «tanto no que diz respeito à sua magnitude como ao seu perfil temporal». Afinal, nota o Banco, também no rendimento disponível dos particulares se vai registar «uma contracção sem precedente».
V
A economia portuguesa vai sofrer, no período entre 2011 e 2013, «uma contracção que não tem precedente» histórico, adverte o Banco de Portugal (BdP) no seu Boletim Económico de Inverno, hoje publicado.
Segundo as previsões do BdP, o Produto Interno Bruto (PIB) português contraiu-se 1,6 por cento em 2011, vai cair 3,1 por cento em 2012 e só crescerá 0,3 por cento em 2013. Estas projecções são, em termos gerais, mais pessimistas que as avançadas anteriormente pelo Governo e pela troika.
O Banco também está à espera de «uma contracção sem precedente do consumo privado, em particular do consumo de bens duradouros» no período em análise.
Esta redução deve-se, em parte, às medidas de contenção orçamental do Governo, como o aumento de impostos ou o cancelamento de subsídios.
Essas medidas «implicam uma contracção do consumo e do investimento» do Estado, sobretudo em 2012, mas deverão «criar condições para um crescimento sustentável no longo prazo».
A contracção da actividade económica deverá sentir-se sobretudo no sector de «bens e serviços não transaccionáveis» (por exemplo, distribuição ou imobiliário). Pelo contrário, o sector dos bens transaccionáveis poderá beneficiar do crescimento das exportações.
O BdP nota ainda que «as condições de financiamento da economia portuguesa deverão manter-se restritivas», com a continuação do processo de desalavancagem (desendividamento) da banca.
O BdP nota ainda que os «riscos» para as projecções do Boletim de Inverno são no sentido negativo. Isto é, as probabilidades de a economia evoluir ainda pior que o previsto são superiores às de haver uma surpresa positiva.
O principal fator de incerteza tem a ver com o enquadramento internacional da economia portuguesa. Ou seja, há uma hipótese forte de a procura externa dirigida aos produtos portugueses se reduzir mais que o previsto, o que teria como consequência um crescimento mais moderado das exportações.
O BdP também nota que não é possível prever com total certeza os impactos das medidas de austeridade, «tanto no que diz respeito à sua magnitude como ao seu perfil temporal». Afinal, nota o Banco, também no rendimento disponível dos particulares se vai registar «uma contracção sem precedente».
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