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Previsões estimam que fenómeno se intensifique em setembro. Por cá, depois de um recorde, o calor volta no sábado
A previsão é dos meteorologistas da Austrália e do Japão: o El Niño, um fenómeno climático cíclico que se inicia no oceano Pacífico com uma permuta entre as águas em profundidade e da superfície, gerando um aquecimento significativo do mar, está a desenvolver-se e poderá ser este ano mais forte do que em ocasiões anteriores recentes. Se assim for, as monções e os tufões deste ano na Ásia poderão ser mais intensos do que o habitual, e causar cheias e estragos avultados, afetando milhões de pessoas.
O El Niño, assim chamado porque a sabedoria dos pescadores da América Latina na costa do Pacífico cedo associou a permuta das águas oceânicas a anos de melhor pescaria - El Niño refere-se ao menino Jesus, que é associado a anos bons -, tem uma influência generalizada nas condições meteorológicas de uma vasta região do planeta, que inclui grande parte da Ásia, Américas e Austrália. Na Europa, essas as consequências não são claras.
Em anos em que ocorre o fenómeno, como aconteceu em 1997-1998, ou em 2009-2010, as chuvas (monções) naquelas regiões, e também as tempestades, são mais intensas do que nos outros anos, causando inundações frequentes e muitos danos materiais.
Calor e poeiras do deserto
Por cá, viveu-se ontem um dia de calor excecional para maio e o Alentejo bateu recordes. Beja chegou aos 40 graus. A tiragem da cortiça, por exemplo, estava planeada para começar só lá para finais de junho, mas Pedro Tenreiro quis aproveitar as temperaturas altas de ontem para antecipar trabalho. "Assim que soube que hoje podíamos chegar aos 40 graus juntei os homens e cá andamos desde terça-feira", dizia ao DN este intermediário florestal de Beja, que pelas 11.00 já tinha um camião carregado de pranchas de cortiça.
dn