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Em sétimo dia de alta, dólar fecha a R$ 1,85; Bovespa recua 0,99%

Matapitosboss

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Set 24, 2006
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da Folha Online



Agentes financeiros assustados com o cenário externo tenso se refugiaram na moeda americana e empurraram a taxa de câmbio doméstica para seu maior preço desde 3 de setembro de 2009.

Dessa forma, o dólar comercial bateu R$ 1,859 nas últimas operações desta quarta-feira, o que representa um acréscimo de 1,25% sobre o fechamento de ontem. As taxas oscilaram entre R$ 1,871 e R$ 1,836. Nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo foi cotado por R$ 1,980, em um avanço de 1,53%.

A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) opera em baixa de 0,99%, aos 64.872 pontos. O giro financeiro é de R$ 4,40 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York cai 0,42%.

China, Grécia e EUA formam trinca de países que têm tirado o sono dos participantes do mercado financeiro. O país asiático assusta por suas medidas, renovadas a cada semana, para conter o crescimento, o que pode afetar a lenta recuperação da economia mundial; o país europeu está às voltas com uma situação fiscal problemática, e tem dificuldades para provar sua capacidade em sair do problema; e na maior economia do planeta, além dos seus problemas amplamente conhecidos, o balanço da Caterpillar, gigante do setor de maquinário pesado, frustrou alguns investidores.

"Os últimos números [da economia mundial] estão vindo muito negativos, e o mercado fica abalado com China, Grécia, Estados Unidos. Fica difícil você fixar uma taxa de câmbio. É um mercado muito volátil, porque nós estamos numa economia globalizada. Nessas horas, muitos se refugiam no dólar, com medo desses números", comenta Mauro Araújo, da mesa de operações da corretora Vision. "O que nós estamos observando por aqui é principalmente a ação das tesourarias [de bancos] revertendo posição e ficando comprados [apostando na alta do dólar]", acrescenta.

E num quadro de maior nervosismo, ganharam força os rumores de que, além do Banco Central, o Tesouro também já começou a comprar moeda no mercado à vista por conta do Fundo Soberano (reserva de recursos púbicos). Alguns profissionais discordam dessa interpretação e alegam que o agente do setor público não agiria dessa forma para não aumentar o grau de volatilidade, já alto, do mercado de câmbio.

O Banco Central informou que as entradas de dólares superaram as saídas em US$ 10 milhões neste mês, até o dia 22. Até o dia 18, o valor era positivo em US$ 816 milhões, mas houve grande saída de recursos na quarta-feira e quinta-feira da semana passada.

O BC também promoveu seu habitual leilão de compra de moeda, entrando no mercado à vista às 12h28 (hora de Brasília). A autoridade monetária aceitou ofertas por R$ 1,8510 (taxa de corte).

Juros futuros

O mercado de juros futuros, que sinaliza o custo do dinheiro para os bancos, aumentou as taxas projetadas nos contratos de prazo mais longo.
O Copom (Comitê de Política Monetária) anuncia nas próximas horas a nova taxa básica de juros do país. Embora haja forte consenso de que a taxa Selic fica em 8,75% ao ano, analistas esperam alguma sinalização de que deve começar a subir nos próximos meses.

No contrato que aponta os juros para outubro de 2010, a taxa prevista passou de 9,82% ao ano para 9,88%; no contrato de janeiro de 2011, a taxa projetada subiu de 10,39% para 10,41%. Esses números ainda são preliminares e podem sofrer ajustes.
 
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