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Emigração tem mais eleitores mas número de deputados continua na mesma

kokas

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Set 27, 2006
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A maior parte dos que emigraram desde 2011 continua recenseada em Portugal. A abstenção continuará enorme.




Os números do último recenseamento, que terminou há cerca de um mês, mostraram o que já se esperava, tendo em conta a emigração nos últimos quatro anos: os dois círculos emigrantes (Europa e Fora da Europa) foram de todos os 22 círculos eleitorais das legislativas os que percentualmente mais cresceram face a 2011: 4,26% no círculo da Europa e 36,83% no de Fora da Europa. Nenhum círculo do continente ou das regiões autónomas cresceu algo que se parecesse em número de recenseados (o valor mais alto, 2,36%, foi alcançado nos Açores).
Mas estes são valores em percentagens. Em números absolutos, o que se verifica é que o aumento dos recenseados nos círculos emigrantes não é próximo, nem pouco mais ou menos, dos números totais de pessoas que emigraram nos últimos quatro anos (ver infografia na página anterior).
No círculo europeu, o número de recenseados passou de 75 053 (2011) para 78 253 (2015). Ou seja, um aumento de 3200 eleitores. Já no círculo do resto do mundo - um círculo no qual o PSD ganha sempre - o número de recenseados passou de 120 056 (2011) para 164 273 (2015), uma diferença portanto de 44 217 eleitores.
Somados os valores, verifica-se que hoje há mais 47,4 mil eleitores portugueses no estrangeiro do que em 2011. E esse número é substantivamente mais pequeno do que o número de portugueses que emigraram nos últimos quatro anos. Dito de outra forma: a esmagadora maioria dos portugueses que saíram de Portugal continuam recenseados em Portugal, não mudaram o recenseamento para o estrangeiro. Foi aliás o que aconteceu com os três jovens referidos nesta página: Jorge Capucho, que foi para Angola, Miguel Suarez, que trabalha na Irlanda, e Filipa Martins Pita, que estuda na Dinamarca. Se quiserem exercer no dia 4 de outubro o seu direito de voto terão de se pôr num avião a caminho de Portugal.
Como reconheceu há várias semanas Jorge Miguéis, chefe máximo da Direção-Geral da Administração Eleitoral, "existe um número indeterminado, mas decerto elevado, de eleitores que estando legalmente [no Bilhete de Identidade e no Cartão de Cidadão] residentes no território nacional são contudo emigrantes e não residem permanentemente no território nacional". E isso pode "obviamente potenciar a abstenção".




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