- Entrou
- Fev 10, 2012
- Mensagens
- 4,160
- Gostos Recebidos
- 2

A Infraestruturas de Portugal foi apresentada aos quadros a 1 de junho, numa sessão que contou com o secretário de Estado dos TransportesFotografia © José Sena Goulão/Lusa
Infraestruturas de Portugal, que resulta da fusão da Estradas de Portugal e da REFER, foi apresentada com pompa e circunstância aos funcionários no dia 5 de junho.
Terá sido por iniciativa do conselho de administração da Infraestruturas de Portugal, a empresa que resulta da fusão da Estradas de Portugal e da REFER - criada pelo Governo com o objetivo de racionalizar custos - que se realizou a festa do passado dia 5 de junho.
O evento, cujo objetivo era apresentar aos funcionários das empresas fundidas a nova marca, contou com cerca de 1300 convidados e terá custado aos cofres do Estado cerca de 300 mil euros, em despesas diretas e indiretas, noticia hoje o Jornal de Notícias.
Parte das despesas do evento, diz o JN, está disponível no portal Base, onde é possível verificar que a antiga Estradas de Portugal fez vários ajustes diretos com vista à organização da festa.
Destaca-se um de 85 mil euros (com IVA), feito à sociedade Deep Step Consultores de Comunicação e Relações Públicas. Um outro, para "produção de telas publicitárias", custou 17 547 euros.
O "lanche buffet" foi adjudicado à Maria Papoila - Sociedade de Comidas e Bebidas, Lda., que pediu 22 mil euros.
No total, foram 124 mil euros, aos quais se somam os custos indiretos que decorrem da dispensa dos funcionários para assistirem à festa.
O JN multiplicou 1300 - o número de convidados na festa - por 131 euros, o custo médio em dia útil de um funcionário da REFER ou da Estradas de Portugal, sendo que o valor final ultrapassa os 170 mil euros.
Tudo somado, a festa ficou por cerca de 294 mil euros ao erário público.
A este valor acrescem ainda as despesas com transporte dos funcionários, que foram asseguradas pela Infraestruturas de Portugal, em comboio ou autocarro da empresa.
Quem não esteve presente criticou o despesismo e, segundo o JN, a dimensão política da festa, descrita como se fosse "um comício".
Questionada também foi a atuação de Francisco Menezes, humorista contratado para animar o evento, e cuja sessão de mais de meia hora foi "desadequada", a "roçar o ordinário", segundo relatos de funcionários da empresa.
A Infraestruturas de Portugal já tinha sido apresentada aos quadros em sessão comemorativa no dia 1 de junho, numa cerimónia onde esteve presente o secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro, e que não teve custos para a empresa.
In