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Empresa portuguesa vai para Sillicon Valey desenvolver 'uma espécie de Facebook'

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A tecnológica portuguesa Opensoft fez as malas rumo a Sillicon Valley (EUA) para desenvolver o projecto Spreadd, uma espécie de «Facebook» para empresas que localiza automaticamente trabalhadores por áreas de interesse potenciando a partilha de conhecimentos.
A ideia do "Spreadd" surgiu há cerca de um ano, mas só há seis meses foi posta em prática dentro da Opensoft, apresentando semelhanças com a rede social "Facebook", ainda que com objectivos completamente diferentes.
«É uma base de dados que é alimentada com o que as pessoas fazem normalmente e as áreas em que costumam trabalhar e depois avisa automaticamente aqueles que também têm interesses idênticos», disse em entrevista à agência Lusa o presidente executivo da Opensoft, José Vilarinho.
Entre as semelhanças com a rede social mais famosa do mundo, destaca-se a possibilidade de comentar, fazer um 'like' ('gosto') ou partilhar qualquer tipo de ficheiro.
«O objectivo é juntar a informação de uma empresa e criar uma oportunidade de colaboração, partilha e interacção para permitir que empresas de alguma dimensão não percam produtividade por estarem dispersas» detalhou o coordenador do projecto Pedro Alves.
Em poucas palavras: «o 'Spreadd' é um produto desenvolvido para empresas que junta as pessoas certas, à volta das actividades certas, no momento certo», diz Pedro Alves.
A Opensoft dá como exemplo o caso de duas trabalhadoras da mesma empresa que desenvolvem projectos sobre energias renováveis, uma nos escritórios do Brasil, já com vários trabalhos na área, e outra em Portugal, pela primeira vez a escrever um documento sobre o assunto.
«Não seria interessante que a Sónia fosse informada de que a Alice está a trabalhar num documento relacionado com energias renováveis, na área em que ela é 'expert'? Dessa forma, a Sónia podia iniciar uma interacção com a Alice e fornecer 'inputs' interessantes para o documento», exemplificou Pedro Alves.
Outro cenário que pode trazer ganhos de eficiência consideráveis é a detecção de dois colaboradores que estão a executar a mesma tarefa sem se aperceberem.
«Podem ser comerciais e estar ambos a escrever uma proposta para o mesmo cliente. Muito mais interessante seria 'avisar' os colaboradores em causa que poderiam passar a trabalhar em conjunto ou decidir que só um deles deveria estar a executar a tarefa», acrescentou.
O caráter inovador e a sofisticação do produto levaram a incubadora tecnológica da Leadership Business Consulting, a GSI Accelerators (GSI – Global Strategic Innovations), a escolher o "Spreadd" para ir para Sillicon Valley, local mundial de excelência na investigação em informática e tecnologia, até ao final do ano.
«As nossas expectativas são as de que vamos voltar já com clientes e parceiros e com o produto em aceleração», disse José Vilarinho.
Com perspectivas de uma retracção de 20 por cento na procura em Portugal no final deste ano, a tecnológica portuguesa diz estar a apostar em caminhos diferentes, sobretudo na internacionalização.
«Os EUA são um mercado apetecível e Sillicon Valley pode ser o caminho ideal para o desenvolvimento do produto», reforçou. O projecto será aprofundado no 'Plug and Play Tech Center', centro vocacionado para o desenvolvimento de ideias e negócios.
Com 50 colaboradores e uma facturação de 3,3 milhões de euros em 2010, face a 4 milhões de euros em 2009, a Opensoft apenas espera «alguma retoma» da economia portuguesa em finais de 2012, pelo que mercados como Angola e Moçambique são outras apostas. Fundada em 2001, a Opensoft desenvolveu projectos como o Portal das Finanças.


Lusa/SOL
 
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