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Ensino Artístico: Petição contra fim dos cursos de iniciação nas escolas de música já recolheu mais de 5.000 assinaturas
4 de Fevereiro de 2008, 16:54
Lisboa, 04 Fev (Lusa) - A petição contra a decisão do Governo de proibir as escolas de música públicas de ministrar cursos de iniciação ao 1º ciclo e de extinguir o regime supletivo neste tipo de instituições já reuniu mais de cinco mil assinaturas.
No âmbito da reforma do ensino artístico especializado, a partir do próximo ano lectivo as escolas públicas de música estão impedidas de dar aulas ao 1º ciclo e terão de funcionar em regime integrado, ou seja, ministrarem formação geral (como em qualquer escola) e especializada (artística).
Às 17:00 de sexta-feira, a petição "Contra o Fim do Ensino Especializado da Música em Portugal", dirigida ao Ministério da Educação (ME), tinha reunido 860 assinaturas, mas após o fim-de-semana o documento já regista mais de 5.300 signatários.
Entretanto, está a circular uma outra petição sobre esta matéria, mas dirigida ao presidente da República e ao primeiro-ministro, com o título "Defesa do Ensino Artístico em Portugal", que às 16:00 de hoje já tinha recolhido cerca de 600 assinaturas.
Neste segundo documento, os signatários sublinham que o estudo de avaliação sobre este sector carece, "por falta de rigor metodológico, de validade científica, por não englobar nenhum artista ou professor de qualquer arte, nem ter realizado o trabalho de campo que se exigia como fundamental junto das escolas especializadas".
"A retirada do financiamento prevista pelo Ministério da Educação ao ensino especializado no 1º ciclo às Escolas de Ensino Especializado é uma inadmissível medida socialmente discriminatória, que contribui para a não inclusão social, e que reduzirá drasticamente a qualidade da Educação Artística", lê-se no documento.
De acordo com dados do Ministério da Educação, apenas 17 mil alunos num universo de 1,5 milhões têm acesso ao Ensino Artístico Especializado, pelo que a reforma deste sector vai passar pela reorganização da oferta de cursos e sua dispersão por uma rede de escolas mais alargada.
Segundo a tutela, a reforma "tem como objectivo fundamental aumentar o número de alunos a frequentar o Ensino Artístico Especializado", objectivo que passará por uma melhor organização da oferta destes cursos e sua disseminação "por uma rede mais alargada de escolas ao nível do ensino básico e secundário".
Em Março do ano passado, um relatório encomendado pela tutela defendia a reestruturação do Ensino Artístico, recomendando o fim do regime supletivo, que permite aos alunos realizar a formação geral numa escola normal e frequentar simultaneamente uma instituição especializada, como um conservatório.
A generalização do regime integrado vai permitir, de acordo com aquele relatório, uma melhoria do trabalho pedagógico e a redução das taxas de retenção e de abandono por parte dos alunos.
O estudo concluiu ainda que os estabelecimentos de ensino secundário não especializados têm infra-estruturas subaproveitadas, pelo que existem condições para alargar as ofertas de formação.
O Grupo de Trabalho para a Reestruturação do Ensino Artístico Especializado reúne nas próximas semanas com o Conservatório de Música de Aveiro, Escola de Música do Conservatório Nacional e Instituto Gregoriano. O grupo de trabalho já reuniu com os Conservatórios de Música de Coimbra, Braga e Porto.
As petições podem ser subscritas em http://www.petitiononline.com/CFEEMP/petition.html e http://www.petitiononline.com/prpm/petition.html.
MLS.
Lusa/Fim
4 de Fevereiro de 2008, 16:54
Lisboa, 04 Fev (Lusa) - A petição contra a decisão do Governo de proibir as escolas de música públicas de ministrar cursos de iniciação ao 1º ciclo e de extinguir o regime supletivo neste tipo de instituições já reuniu mais de cinco mil assinaturas.
No âmbito da reforma do ensino artístico especializado, a partir do próximo ano lectivo as escolas públicas de música estão impedidas de dar aulas ao 1º ciclo e terão de funcionar em regime integrado, ou seja, ministrarem formação geral (como em qualquer escola) e especializada (artística).
Às 17:00 de sexta-feira, a petição "Contra o Fim do Ensino Especializado da Música em Portugal", dirigida ao Ministério da Educação (ME), tinha reunido 860 assinaturas, mas após o fim-de-semana o documento já regista mais de 5.300 signatários.
Entretanto, está a circular uma outra petição sobre esta matéria, mas dirigida ao presidente da República e ao primeiro-ministro, com o título "Defesa do Ensino Artístico em Portugal", que às 16:00 de hoje já tinha recolhido cerca de 600 assinaturas.
Neste segundo documento, os signatários sublinham que o estudo de avaliação sobre este sector carece, "por falta de rigor metodológico, de validade científica, por não englobar nenhum artista ou professor de qualquer arte, nem ter realizado o trabalho de campo que se exigia como fundamental junto das escolas especializadas".
"A retirada do financiamento prevista pelo Ministério da Educação ao ensino especializado no 1º ciclo às Escolas de Ensino Especializado é uma inadmissível medida socialmente discriminatória, que contribui para a não inclusão social, e que reduzirá drasticamente a qualidade da Educação Artística", lê-se no documento.
De acordo com dados do Ministério da Educação, apenas 17 mil alunos num universo de 1,5 milhões têm acesso ao Ensino Artístico Especializado, pelo que a reforma deste sector vai passar pela reorganização da oferta de cursos e sua dispersão por uma rede de escolas mais alargada.
Segundo a tutela, a reforma "tem como objectivo fundamental aumentar o número de alunos a frequentar o Ensino Artístico Especializado", objectivo que passará por uma melhor organização da oferta destes cursos e sua disseminação "por uma rede mais alargada de escolas ao nível do ensino básico e secundário".
Em Março do ano passado, um relatório encomendado pela tutela defendia a reestruturação do Ensino Artístico, recomendando o fim do regime supletivo, que permite aos alunos realizar a formação geral numa escola normal e frequentar simultaneamente uma instituição especializada, como um conservatório.
A generalização do regime integrado vai permitir, de acordo com aquele relatório, uma melhoria do trabalho pedagógico e a redução das taxas de retenção e de abandono por parte dos alunos.
O estudo concluiu ainda que os estabelecimentos de ensino secundário não especializados têm infra-estruturas subaproveitadas, pelo que existem condições para alargar as ofertas de formação.
O Grupo de Trabalho para a Reestruturação do Ensino Artístico Especializado reúne nas próximas semanas com o Conservatório de Música de Aveiro, Escola de Música do Conservatório Nacional e Instituto Gregoriano. O grupo de trabalho já reuniu com os Conservatórios de Música de Coimbra, Braga e Porto.
As petições podem ser subscritas em http://www.petitiononline.com/CFEEMP/petition.html e http://www.petitiononline.com/prpm/petition.html.
MLS.
Lusa/Fim