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Ensino Artístico: PSD quer ministra no Parlamento
10 de Fevereiro de 2008, 15:34
Lisboa, 10 Fev (Lusa) - O PSD vai pedir com urgência a presença da ministra da Educação no Parlamento para esclarecer os fundamentos da reforma do ensino público artístico, disse hoje à Lusa o vice-presidente do grupo parlamentar Pedro Duarte.
"Vamos tomar a iniciativa de, com urgência, chamar a ministra ao Parlamento para esclarecer os fundamentos do Governo para tomar estas medidas", afirmou Pedro Duarte, acrescentando que o pedido será formalizado na segunda-feira.
Segundo o deputado social-democrata, a reforma do ensino artístico "está a criar instabilidade e turbulência no sistema de ensino".
Pedro Duarte acusa o Governo de estar a agir com "prepotência" sem "diálogo com os intervenientes e as escolas".
"Temos uma posição de princípio: o ensino especializado é algo de que o país se deve orgulhar, nomeadamente o da música", declarou quando questionado acerca da posição do PSD sobre a matéria.
No âmbito da reforma do ensino artístico especializado, a partir do próximo ano lectivo as escolas públicas de música estão impedidas de dar aulas ao 1º ciclo e terão de funcionar em regime integrado, ou seja, ministrarem formação geral (como em qualquer escola) e especializada (artística).
O Governo pretende assim acabar com o chamado regime de ensino supletivo, que permite aos alunos frequentar as disciplinas musicais no Conservatório e as do ensino geral numa escola à sua escolha.
A reforma surge com o intuito de, segundo o Ministério da Educação, "democratizar" o ensino da música, tornando-o acessível a mais jovens.
De acordo com dados do Governo, apenas 17 mil alunos num universo de 1,5 milhões têm acesso ao Ensino Artístico Especializado.
Na quinta-feira cerca de 50 pessoas, sobretudo alunos da Escola de Música do Conservatório de Lisboa, concentraram-se em frente do Ministério da Educação para mostrar a sua "insatisfação" com a reforma do Ministério de Maria de Lurdes Rodrigues.
Tiago Ivo Cruz, fundador do Movimento de Defesa do Ensino Artístico - MovArte e ex-aluno da escola, disse na altura que esta reforma "acaba com a possibilidade de 90 por cento dos alunos do ensino especializado de música terem aulas, visto que se prevê que o regime o supletivo termine, e este é o que oferece mais condições para alunos e seus pais".
O fundador do MovArte afirmou duvidar "do que se consegue ensinar em duas horas apenas" nas actividades de enriquecimento curricular das escolas do 1º ciclo e que "a ministra parece querer transformar [a música] em mais uma disciplina de ATL em todas as escolas nacionais".
Para Tiago Ivo Cruz, a generalidade das escolas não terá meios técnicos suficientes para assegurar o ensino da música, nomeadamente instrumentos musicais.
ACL/MZM.
Lusa/Fim
10 de Fevereiro de 2008, 15:34
Lisboa, 10 Fev (Lusa) - O PSD vai pedir com urgência a presença da ministra da Educação no Parlamento para esclarecer os fundamentos da reforma do ensino público artístico, disse hoje à Lusa o vice-presidente do grupo parlamentar Pedro Duarte.
"Vamos tomar a iniciativa de, com urgência, chamar a ministra ao Parlamento para esclarecer os fundamentos do Governo para tomar estas medidas", afirmou Pedro Duarte, acrescentando que o pedido será formalizado na segunda-feira.
Segundo o deputado social-democrata, a reforma do ensino artístico "está a criar instabilidade e turbulência no sistema de ensino".
Pedro Duarte acusa o Governo de estar a agir com "prepotência" sem "diálogo com os intervenientes e as escolas".
"Temos uma posição de princípio: o ensino especializado é algo de que o país se deve orgulhar, nomeadamente o da música", declarou quando questionado acerca da posição do PSD sobre a matéria.
No âmbito da reforma do ensino artístico especializado, a partir do próximo ano lectivo as escolas públicas de música estão impedidas de dar aulas ao 1º ciclo e terão de funcionar em regime integrado, ou seja, ministrarem formação geral (como em qualquer escola) e especializada (artística).
O Governo pretende assim acabar com o chamado regime de ensino supletivo, que permite aos alunos frequentar as disciplinas musicais no Conservatório e as do ensino geral numa escola à sua escolha.
A reforma surge com o intuito de, segundo o Ministério da Educação, "democratizar" o ensino da música, tornando-o acessível a mais jovens.
De acordo com dados do Governo, apenas 17 mil alunos num universo de 1,5 milhões têm acesso ao Ensino Artístico Especializado.
Na quinta-feira cerca de 50 pessoas, sobretudo alunos da Escola de Música do Conservatório de Lisboa, concentraram-se em frente do Ministério da Educação para mostrar a sua "insatisfação" com a reforma do Ministério de Maria de Lurdes Rodrigues.
Tiago Ivo Cruz, fundador do Movimento de Defesa do Ensino Artístico - MovArte e ex-aluno da escola, disse na altura que esta reforma "acaba com a possibilidade de 90 por cento dos alunos do ensino especializado de música terem aulas, visto que se prevê que o regime o supletivo termine, e este é o que oferece mais condições para alunos e seus pais".
O fundador do MovArte afirmou duvidar "do que se consegue ensinar em duas horas apenas" nas actividades de enriquecimento curricular das escolas do 1º ciclo e que "a ministra parece querer transformar [a música] em mais uma disciplina de ATL em todas as escolas nacionais".
Para Tiago Ivo Cruz, a generalidade das escolas não terá meios técnicos suficientes para assegurar o ensino da música, nomeadamente instrumentos musicais.
ACL/MZM.
Lusa/Fim