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Erdogan avisa Putin para "não brincar com o fogo" e sugere encontro em Paris

kokas

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Set 27, 2006
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Presidente russo fez depender reunião com homólogo turco à margem da Cimeira do Clima de pedido de desculpas de Ancara.
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Para o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, a Rússia está a "brincar com o fogo ao atacar a oposição síria, sob pretexto do combate ao Estado Islâmico". Mas admitiu um encontro "cara a cara" com o homólogo russo, Vladimir Putin, à margem da Cimeira do Clima que começa na segunda-feira em Paris. Uma oferta que, para já, não parece convencer Moscovo. Não só Putin condicionou o encontro com Erdogan a um pedido de desculpa prévio de Ancara como, a partir de 1 de janeiro, a Rússia vai exigir um visto a todos os visitantes turcos.Num discurso em Bayburt, no norte do país, Erdogan criticou as alegadas detenções de empresários turcos pelas autoridades russas. "Estou a brincar com o fogo ao maltratarem os nossos cidadãos que foram até à Rússia", afirmou o presidente. Mas acrescentou: "Damos muita importância à nossa relação com a Rússia. Não queremos prejudicar essa relação de nenhuma forma." Por isso propôs a Putin um encontro na segunda-feira em Paris para tentarem resolver o problema.Na quinta-feira, o mesmo Erdogan já parecera querer acalmar a tensão com Moscovo, afirmando: "Se soubéssemos que era um avião russo talvez o tivéssemos avisado de outra forma."Então porquê voltar às ameaças ontem? Segundo Ebru Dogan, da BBC em turco, não é tanto uma mudança de discurso, mas sim um ajuste à audiência. Afinal é preciso perceber que a primeira era uma "mensagem dirigida ao Ocidente". A segunda era para "consumo interno". E a verdade é que num artigo publicado ontem no britânico The Times, o primeiro-ministro turco, Ahmet Davutoglu, também tentou deitar água na fervura com os russos. "A comunidade internacional não deve agir contra si própria. Caso contrário o vencedor será o Estado Islâmico e o regime sírio."Putin avisa Turquia: Moscovo reagirá "de outra forma" a um novo incidente
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A Turquia garante que o avião russo estava no seu espaço aéreo quando foi abatido. Moscovo garante que sobrevoava a Síria. Em setembro, Moscovo começou a bombardear os rebeldes que lutam contra o regime de Bashar al-Assad, seu velho aliado na região. Já a Turquia, membro da coligação internacional liderada pelos EUA que combate o Estado Islâmico, insiste que Assad não pode fazer parte de uma solução política. A poder uni-los, só mesmo a luta contra os jihadistas.RetaliaçãoCom a Turquia pouco inclinada a desculpar-se e a exigir mesmo que seja a Rússia a fazê-lo, Moscovo já iniciou a retaliação pelo derrube do Sukhoi-24M. "Temos cada vez mais dúvidas sobre a vontade real de Ancara de erradicar o terrorismo", afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov. Por isso, a Rússia decidiu suspender a partir do primeiro dia do próximo ano a isenção de vistos de que os cidadãos turcos gozavam. "Não se trata de uma vingança [...] a ameaça é real. Um fluxo de combatentes está em movimento a partir da Turquia e em várias direções", acrescentou o chefe da diplomacia.E o primeiro-ministro russo, Dmitri Medvedev, já pediu ao governo que prepare toda uma série de sanções económicas que poderão passar pela suspensão de projetos comuns, restrições comerciais e limites ao recurso à mão-de-obra turca. A Rússia é o segundo maior parceiro comercial da Turquia, que em 2014 recebeu mais de três milhões de turistas russos. Os pormenores das sanções deverão ser anunciados hoje, na véspera de uma cimeira União Europeia-Turquia na qual os 28 chegam divididos sobre as concessões a fazer a Ancara para obter a sua ajuda na crise dos refugiados. Dos seis milhões de pessoas que deixaram a Síria nos quatro anos e meio de guerra civil, dois milhões estão em território turco.



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