kokas
GF Ouro
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São 27 mil os norte-coreanos a viver hoje na Coreia do Sul. Desertores das forças armadas, quadros do partido, simples civis. São a principal fonte de informação sobre o regime de Pyongyang. Nem sempre dizem toda a verdade
Contou as balas uma a uma enquanto as colocava no carregador. Trinta. "A última era para mim, se fosse apanhado." O ano era o de 1979 e um jovem soldado do exército norte-coreano, Ahn Chan-il, preparava a fuga para a Coreia do Sul.
Ahn (o primeiro nome é o apelido de família) deixou uma carta ao dirigente e fundador do regime, Kim Il-sung, pedindo que não retaliasse contra a família. Mas quando a fuga foi descoberta, toda a família foi presa. Ahn refez a vida em Seul, dá aulas numa universidade, é ativista de direitos humanos e denuncia a repressão na Coreia do Norte.
Ahn é uma das cerca de 27 mil pessoas a viverem na Coreia do Sul, que conseguiram escapar do Norte. Muitas acabam por se tornar a principal fonte de informação sobre um dos países mais fechados do mundo e único regime comunista hereditário, hoje dirigido por Kim Jong-un.
Alguns destes fugitivos tornaram-se personalidades públicas - e controversas - com presença regular na televisão, em institutos consagrados à Coreia do Norte ou em jornais como o Daily NK, com edição em coreano e inglês.
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