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Nos Estados Unidos – e em muitas mais partes do mundo – a escuridão natural é um recurso ameaçado. Paul Bogard é o autor de um livro que aborda a “escuridão como recurso natural”. Segundo ele, é necessário preservá-la, antes que a percamos completamente.
A escuridão nocturna é um incrível recurso ambiental que habitualmente negligenciamos e até destruímos. Bogard defende que a poluição luminosa não é algo de positivo e pode realmente interferir com a nossa segurança.
Nas cidades, já ninguém conhece a verdadeira escuridão. Existe, na verdade, uma ferramenta – a escala de Bortle – que permite medir a escuridão do céu e perceber que os meios citadinos, repletos de luz artificial, interferem com essa condição natural. Nos EUA, uma equipa do National Parks Service já está também a trabalhar num índice de qualidade dos céus.
Segundo uma estatística apontada pelo autor, oito em cada 10 crianças nascidas hoje nos EUA nunca irão presenciar um céu escuro o suficiente que lhes permita ver a Via Láctea. A Via Láctea torna-se visível num nível três ou quatro na escala de Bortle – as cidades estão na classe nove, a mais brilhante. Na melhor das hipóteses, temos por vezes noites de nível seis ou sete.
“Obviamente que a iluminação é útil, em termos de segurança. Mas não estamos seguros simplesmente devido às luzes. Estamos seguros e protegidos quando estamos conscientes do nosso ambiente. A maioria das nossas luzes de segurança são um enorme desperdício de dinheiro e energia”, escreve Bogard.
Segundo o Treehugger, o autor defende que a iluminação beneficia as autoridades, porque lhes permite sentir um maior controlo sobre as cidades. Mas alguns estudos têm mostrado que os criminosos preferem, na verdade, áreas bem iluminadas – porque também os faz sentir mais seguros.
Fisicamente, tanta luz faz com que seja difícil para os nossos olhos ver. Os nossos olhos não se adaptam a mudanças de brilho rapidamente, pelo que olhar para luzes nos impede de ver qualquer outra coisa. Além disso, muita da iluminação pública é incrivelmente mal projectada e reduz os contrastes.
Bogard debruça-se muito sobre a questão da segurança no seu livro – dedica um capítulo inteiro ao tema. Na sua opinião, não é necessária tanta luz para que se garanta protecção e usamos muito mais do que seria necessário. Enquanto isso, e por via disso, os céus estrelados são cada vez mais raros.
Fonte: Greensavers
A escuridão nocturna é um incrível recurso ambiental que habitualmente negligenciamos e até destruímos. Bogard defende que a poluição luminosa não é algo de positivo e pode realmente interferir com a nossa segurança.
Nas cidades, já ninguém conhece a verdadeira escuridão. Existe, na verdade, uma ferramenta – a escala de Bortle – que permite medir a escuridão do céu e perceber que os meios citadinos, repletos de luz artificial, interferem com essa condição natural. Nos EUA, uma equipa do National Parks Service já está também a trabalhar num índice de qualidade dos céus.
Segundo uma estatística apontada pelo autor, oito em cada 10 crianças nascidas hoje nos EUA nunca irão presenciar um céu escuro o suficiente que lhes permita ver a Via Láctea. A Via Láctea torna-se visível num nível três ou quatro na escala de Bortle – as cidades estão na classe nove, a mais brilhante. Na melhor das hipóteses, temos por vezes noites de nível seis ou sete.
“Obviamente que a iluminação é útil, em termos de segurança. Mas não estamos seguros simplesmente devido às luzes. Estamos seguros e protegidos quando estamos conscientes do nosso ambiente. A maioria das nossas luzes de segurança são um enorme desperdício de dinheiro e energia”, escreve Bogard.
Segundo o Treehugger, o autor defende que a iluminação beneficia as autoridades, porque lhes permite sentir um maior controlo sobre as cidades. Mas alguns estudos têm mostrado que os criminosos preferem, na verdade, áreas bem iluminadas – porque também os faz sentir mais seguros.
Fisicamente, tanta luz faz com que seja difícil para os nossos olhos ver. Os nossos olhos não se adaptam a mudanças de brilho rapidamente, pelo que olhar para luzes nos impede de ver qualquer outra coisa. Além disso, muita da iluminação pública é incrivelmente mal projectada e reduz os contrastes.
Bogard debruça-se muito sobre a questão da segurança no seu livro – dedica um capítulo inteiro ao tema. Na sua opinião, não é necessária tanta luz para que se garanta protecção e usamos muito mais do que seria necessário. Enquanto isso, e por via disso, os céus estrelados são cada vez mais raros.
Fonte: Greensavers