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França. Decisão pode prejudicar aspirações de regressar ao Eliseu em 2017. Ex-presidente suspeito de tráfico de influências e corrupção
A justiça francesa decidiu ontem que as autoridades atuaram de forma legal ao escutar o telefone do ex-presidente Nicolas Sarkozy no âmbito de uma investigação a suspeitas de tráfico de influências, o chamado caso Azibert, desencadeado em março de 2014 e que poderá comprometer as suas aspirações de regressar ao Eliseu dentro de dois anos.
Sarkozy é suspeito de no ano passado ter pedido ao então alto magistrado Gilbert Azibert, através do seu advogado Thierry Herzog, "para tentar influenciar uma decisão" judicial sobre o processo Bettencourt, no qual o conservador também está envolvido. Em troca, o antigo presidente prometia intervir para que o magistrado conseguisse um cargo de prestígio no Mónaco. No final, nenhum dos dois conseguiu os seus intentos. Os telefones usados para estas conversas estavam registados em identidades falsas - Sarkozy usava o nome de Paul Bismuth.
O líder do partido Os Republicanos (ex-UMP) já havia considerado estas alegações "um insulto à minha inteligência "e descrito a sua detenção para interrogatório, em julho do ano passado, como uma "vontade de me humilhar publicamente". Ontem, até ao fecho desta edição, ainda não tinha comentado a sua decisão, mas, segundo elementos da sua equipa, estava "imperturbável e determinado".
dn