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Eslováquia ameaça Kiev com retaliações por cortar passagem de gás russo

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Fim do pacto de Kiev com a Gazprom é considerado histórico.

O primeiro-ministro eslovaco ameaçou esta sexta-feira a Ucrânia com medidas de retaliação, como o corte de fornecimento de eletricidade de emergência, caso Kiev cumpra o plano de interromper, na quarta-feira, a passagem de gás natural russo para a Europa Central.

"Depois do primeiro dia de janeiro iremos considerar a situação e as possibilidades de medidas recíprocas contra a Ucrânia", sublinhou Robert Fico, num vídeo publicado esta sexta-feia na sua conta na rede social Facebook.

As declarações do governante eslovaco referem-se à decisão do Governo ucraniano de não prorrogar a validade do contrato com o consórcio russo de gás Gazprom, que expira em 31 de dezembro.

"Se isto se tornar inevitável, interromperemos o fornecimento de eletricidade, de que a Ucrânia necessita urgentemente em caso de cortes na rede, ou chegaremos a acordo sobre outro tipo de ação", alertou Fico, na sua mensagem.

O trânsito do gás russo através do território ucraniano será interrompido às 06h00 (hora de Lisboa) do dia 1 de janeiro, conforme confirmado há uma semana pelo primeiro-ministro ucraniano, Denis Shmigal, perante o Parlamento do seu país.

O fim do pacto de Kiev com a Gazprom é considerado histórico, uma vez que a Ucrânia tem sido fundamental para o transporte de gás russo para a Europa desde que conquistou a independência em 1991.

A decisão marca uma rutura decisiva com a Rússia, um país que utilizou frequentemente a sua dependência do vizinho para impor a sua vontade política e económica, cortando o fornecimento de gás em 2009 e 2015.

A Ucrânia cobre plenamente as suas necessidades com o seu próprio gás, em parte devido à queda da produção industrial devido à guerra lançada pela Rússia contra o seu território.

Embora Kiev não importe hidrocarbonetos russos desde 2015, até agora tinha facilitado o seu trânsito para outros países europeus.

As autoridades eslovacas asseguram que, embora continue a depender em grande parte do gás russo que chega através da Ucrânia, o país não enfrentará problemas de abastecimento graças ao nível de gás armazenado nos depósitos e a uma diversificação de possíveis fornecedores.

Mas Fico, considerado pró-Rússia, afirma que as rotas alternativas vão aumentar os preços do gás na Europa e também privar a Eslováquia dos cerca de 500 milhões de euros anuais que ganha com as taxas de trânsito do gás natural russo para outros países da região.

Correio da Manhã
 
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