- Entrou
- Out 3, 2006
- Mensagens
- 0
- Gostos Recebidos
- 1
A operação “Cimatarra” realizada pela Guardia Civil espanhola desmantelou uma rede internacional dedicada a emitir ilegalmente canais privados de televisão a clientes de origem britânica com domicílio em Alicante, Múrcia e Almeria.
A operação saldou-se em 14 detidos que defraudaram em mais de 500 milhões de euros as plataformas de televisão e a Fazenda Publica Espanhola
A organização, integrada por oito espanhóis, três britânicos, um bielorrusso, um romeno e um russo, captava sinal de canais britânicos e emitia-os na costa levantina para clientes procedentes de Reino Unido, sem pagar os direitos correspondentes e sem declarar lucros. Segundo os investigadores, os burlões disponham de três empresas com cobertura legal, através das quais operavam de forma encoberta. Declaravam um número muito inferior de subscritores aos que realmente tinha -60.000 pessoas e depois distribuíam ilegalmente o sinal em território espanhol. A operação 'Cimitarra' iniciou-se a partir de uma denúncia apresentada por um representante legal de Sogecable [proprietária da plataforma de televisão espanhola Digital +], depois de detectar que determinadas emissões de canais britânicos em Alicante incluíam conteúdos cuja titularidade dos direitos audiovisuais em Espanha correspondia a referida plataforma digital.
As investigações realizadas revelaram que a organização disponha de uma nave situada no polígono industrial do município alicantino de Algorfa, que albergava potentes antenas parabólicas e descodificadores, contratados no Reino Unido e Irlanda. Estes meios técnicos permitiam captar o sinal de várias cadeias britânicas de televisão por satélite. Assim, os suspeitos descodificavam e voltavam a codificar as cadeias utilizando um sistema de codificação denominado IRDETO, para posteriormente distribui-la aos seus clientes de toda a costa, desde Benidorm até á localidade almeriense de Vera, através de uma rede de emissores e repetidores próprios. Os agentes da “Guardia Civil “ realizaram 22 buscas, nas quais apreenderam equipamentos informáticos, material técnico de recepção e emissão de televisão, descodificadores, misturadores e dinheiro “vivo” num valor superior a cinco milhões de euros.
Mais de 60.000 clientes
A tramóia disponha de mais de 60.000 clientes, na sua maioria membros da comunidade britânica residente na costa levantina, que pagavam 590 euros por gastos de instalação, mais as assinaturas mensais entre 18 e 22 euros ou então quotas anuais entre 200 e 220 euros, dependendo dos canais contratados. A instalação ao domicílio dos clientes consistia numa antena específica para as frequências de emissão utilizadas e um aparelho descodificador que funcionava com um cartão numerado e exclusivo para cada cliente, o qual possibilitava o corte do sinal em casos de falta de pagamento. Alguns canais de televisão tinham dado autorização para a distribuição do seu sinal a um número limitado de cliente, cobrando os direitos correspondentes, mas a rede não cumpria com o compromisso uma vez que o número real de clientes era muito superior ao realmente declarado pela organização. Do mesmo modo, defraudavam a Fazenda Pública, já que declaravam ganhos correspondentes a só 17.000 clientes. As investigações foram levadas a cabo pela equipo de “Policía Judicial de la Guardia Civil de Torrevieja (Alicante) ”.
Fonte: www.digital-satelite.com
