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GF Ouro
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O ex-tesoureiro do Partido Popular (PP) espanhol Luis Bárcenas passou a sua primeira noite na cadeia madrilena de Soto do Real, onde entrou ao início da noite de quinta-feira por ordem do juiz da Audiência Nacional Pablo Ruz.
Ruz declarou na quinta-feira a prisão incondicional de Bárcenas considerando o elevado risco de fuga do ex-tesoureiro do partido no Governo em Espanha.
No auto, Ruz explica querer «assegurar sua presença» no processo em que está a ser investigado, por alegada corrupção e branqueamento de capitais, e «para preservar as fontes de prova relacionadas com os supostos delitos».
A decisão foi tomada depois de Bárcenas ser ouvido durante duas horas e da sua mulher, Rosalía Iglesias, ser ouvida durante 45 minutos.
O juiz deu assim parecer positivo a um pedido da procuradoria anticorrupção que explicou ter obtido «novos factos em resultado de diligências» praticadas na investigação e que reforçam a acusação contra Bárcenas por delitos contra a Fazenda Pública, suborno, branqueamento de capitais, falsificação documental e tentativa de fraude processual.
Apesar de, até ao momento, considerar que o acusado cumpriu com as medidas de coação impostas - retirada de passaporte, proibição de saída do território nacional e visitas quinzenais - o juiz considera que devem ser tidas em conta «novas circunstâncias».
Entre elas estão as penas elevadas associadas aos delitos que se lhe imputam, a elevada previsão de responsabilidade pecuniária e as novas acusações em relação à suposta existência de contabilidade paralela no Partido Popular (PP).
Ruz recorda que o também ex-senador espanhol conta «com património no estrangeiro de difícil controlo e confiscação judicial», sendo que «durante os anos 2011, 2012 e 2013 continuou a dispor livremente dos fundos na Suíça».
Segundo o auto, Bárcenas deu, na sua declaração, uma explicação «parcial, inconsistente e manifestamente insuficiente» sobre a origem dos fundos em contas na Suíça, explicando que o seu depoimento contradiz as informações dos seus gestores bancários.
O ex-tesoureiro geriu as contas do Partido Popular (PP) espanhol durante cerca de 18 anos e atualmente está a ser investigado por envolvimento num alegado esquema de pagamentos irregulares aos principais dirigentes do partido, entre 1990 e 2009, e que incluem o primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy.
Além disso, é arguido num outro processo, conhecido como «Gurtel», que envolve vários ex-dirigentes do PP, em vários pontos de Espanha, numa rede de corrupção e branqueamento de capitais.
tvi24