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A companhia aérea low-cost Ryanair garantiu hoje que os portugueses que ficaram em Barcelona recusaram-se a cumprir uma ordem de embarque quando o pessoal de terra o solicitou, tendo sido, por isso, «devidamente desembarcados».
Em declarações à Lusa, o director de comunicação para a Europa, Daniel de Carvalho, afirmou que o grupo que ficou retido em Barcelona no domingo à noite «solidarizou-se» com uma passageira que não podia embarcar por não ter um documento de identificação válido (BI ou passaporte).
«Afirmaram que se ela não viajasse também não o fariam», disse, acrescentando que a Ryanair «não vai tolerar qualquer comportamento perturbador de passageiros nas portas de embarque».
Em resposta escrita enviada à Lusa, a Ryanair refere que seguiram viagem «mais de 100 passageiros» naquele voo com destino ao Porto, sendo que os restantes, «mais de 60, recusaram-se a embarcar quando tal foi solicitado pelo pessoal de terra».
O comandante decidiu então, acrescenta a companhia, que este grupo de passageiros com um «comportamento perturbador» não seguia viagem por se ter «recusado cumprir os pedidos feitos pelos agentes de handling» na porta de embarque.
«A segurança dos nossos passageiros, funcionários e das aeronaves é sempre a nossa prioridade número um», frisou Daniel de Carvalho.
Por razões de segurança, a companhia é obrigada aquando o embarque a fazer a correspondência entre o nome no cartão de embarque e um documento de identificação com fotografia, explicou Daniel de Carvalho.
Um dos passageiros que ficou retido em Barcelona afirmou à Lusa que cerca de uma centena de portugueses foram impedidos de viajar para o Porto, num voo da Ryanair.
Em contacto telefónico, Carlos Moreira afirmou não ter sequer percebido porque é que lhes «barraram» a entrada para o voo e queixou-se da forma como tudo correu.
«Barraram-nos a entrada. Havia duas pessoas que tinham sido assaltadas e não tinham documentos, mas a Guardia Civil tinha-lhes passado uma guia para poderem viajar», contou Carlos Moreira, indignado com a forma como «todos foram tratados».
Lusa/SOL