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Especialistas identificaram os últimos 42 refúgios para salvar os tigres selvagens

ecks1978

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Out 29, 2007
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Uma equipa internacional de cientistas identificou os 42 locais onde se devem concentrar os esforços de conservação dos últimos 3500 tigres selvagens do planeta, hoje relegados para uma ínfima fracção do seu antigo habitat.

A “última esperança” para evitar a extinção destes animais – dos quais apenas mil são fêmeas – é concentrar os esforços em pequenas parcelas de florestas na Ásia, estima a organização Wildlife Conservation Society (WCS), coordenadora do estudo, publicado na revista “PLoS Biology”, que traça um mapa que oriente a conservação.

Os 42 refúgios estão espalhados pela Rússia, Nepal, Bangladesh, Índia, Indonésia, Malásia, Tailândia e Laos. A maioria está na Índia (18), seguida da Malásia (8) e da Rússia (6). A WCS está a trabalhar em mais de metade dos 42 sítios.

“A prioridade imediata é garantir que as poucas populações reprodutoras que restam sejam protegidas e monitorizadas”, comentou Nigel Leader-Williams, da Universidade de Cambridge.

“A escala do desafio pode ser enorme mas a complexidade da sua implementação não é”, considera Joe Walston, director da WCS.

O especialista, também director da WCS na Ásia, acredita que é económica e logisticamente possível manter estes bastiões como locais seguros para os tigres e suas crias, dando-lhes uma nova oportunidade para recuperarem.

Os investigadores calculam em 80 milhões de dólares (61,9 milhões de euros) por ano o custo de manter vivos estes animais e de monitorizar as populações nos 42 locais. Mais de metade desta quantia já está a ser disponibilizada por autoridades estatais, doadores internacionais e organizações de conservação. Mas o dinheiro que falta – estimado em 35 milhões de dólares (27 milhões de euros) – pode deitar tudo a perder.

“Vários destes locais já estão em áreas protegidas. Mas na maioria a protecção é fraca e não irá faltar muito para [os tigres] desaparecerem”, disse John Robinson, vice-presidente executivo da WCS, à BBC online.

“No passado, esforços conservacionistas demasiado ambiciosos e complicados falharam no essencial: evitar a caça dos tigres e das suas presas. Com 70 por cento da população mundial de tigres em apenas seis por cento da sua área de distribuição actual, os esforços precisam de ser concentrados nesses locais, considerados prioritários”, acrescentou Walston.

“O tigre está a enfrentar o seu último desafio enquanto espécie”, comentou John Robinson. Hoje já existem mais tigres em cativeiro do que na natureza.
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