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Os dois partidos apoiam Marcelo Rebelo de Sousa mas vão defender a natureza "suprapartidária" da candidatura do ex-presidente social-democrata
Apostar todas as "fichas" numa vitória, de preferência à primeira volta, de Marcelo Rebelo de Sousa e derrotar todos os candidatos presidenciais da esquerda, leva o PSD e o CDS a não adiar mais um dia na formalização do apoio ao candidato da sua área política. Passos já tinha reiterado que este candidato "corporiza bem" os valores da área política do PSD, considerando que os sociais-democratas "não se sentirão com certeza desidentificados com aquilo que ele possa representar" na campanha presidencial.O poder das máquinas laranja-azul sabem fazer a diferença numa campanha e por isso hoje os presidentes dos dois partidos, Pedro Passos Coelho e Paulo Portas, vão levar aos respetivos Conselhos Nacionais essa posição. Ao que o DN apurou junto a fontes de ambos os partidos aprovarão textos aproximados, com os argumentos que sustentam a decisão oficial, há muito espera."Preservar e respeitar a natureza especial, suprapartidária das eleições presidenciais, será certamente um dos argumentos", sublinha uma dessas fontes. Nem um dos partidos quer comprometer a "abrangência" do eleitorado que pode ser alcançado por Marcelo e, com cautela, será também frisado que o apoio dos sociais-democratas e dos centristas "não é orgânico". PSD e CDS querem contrastar com os candidatos do PCP, do BE e mesmo do PS, para o qual as presidenciais, apesar de não ter dado indicação de voto a nenhum dos três da sua área (Henrique Neto, Maria de Belém e Sampaio da Nóvoa), são motivo de cisão interna.Esta prudência estratégica de Passos e Portas agradará certamente a Marcelo. Na entrevista, segunda-feira, à SIC, o professor e ex-comentador político, também foi cauteloso em relação aos previsíveis apoios da direita, deixando claro que os "aceita" mas que estes não "o vinculam minimamente". "Eu avancei com uma candidatura independente e um estilo diferente de candidatura presidencial. É uma campanha muito solitária, em que aceito apoios que vierem de pessoas, instituições e partidos, mas em que não vincula em nada a minha candidatura aos apoios que venha a receber", afiançou.Outro argumento que PSD e CDS vão ter em conta para justificar este apoio terá a ver com a própria dimensão do cargo de Presidente da República: "tem funções de representação externa do país e é o comandante supremo das Forças Armadas. Logo tem de acreditar e defender os compromissos de Portugal na UE e com a NATO. É estratégico para o país", será sustentado pelas estruturas partidárias.Ambos os Conselhos Nacionais realizam-se às 21 horas, o PSD num hotel de Lisboa, o CDS na sede do partido. Os sociais democratas vão marcar a data do congresso, ratificando a decisão aprovada pela Comissão Permanente do partido, que decidiu agendar essa reunião magna para 1, 2 e 3 de abril. A data não será inocente, pois nessa altura o parlamento já estará em funções há seis meses e o novo Presidente da República já pode marcar eleições. Os congressistas têm essa arma de pressão do seu lado.Na agenda dos Conselhos Nacionais há ainda outro ponto na agenda que é a discussão na situação política. Nesta matéria pode começar a haver alguns discursos a defender uma mais contundente avaliação das medidas do governo, evitando a crispação e a invocada "ilegitimidade" do executivo de António Costa.
dn

Apostar todas as "fichas" numa vitória, de preferência à primeira volta, de Marcelo Rebelo de Sousa e derrotar todos os candidatos presidenciais da esquerda, leva o PSD e o CDS a não adiar mais um dia na formalização do apoio ao candidato da sua área política. Passos já tinha reiterado que este candidato "corporiza bem" os valores da área política do PSD, considerando que os sociais-democratas "não se sentirão com certeza desidentificados com aquilo que ele possa representar" na campanha presidencial.O poder das máquinas laranja-azul sabem fazer a diferença numa campanha e por isso hoje os presidentes dos dois partidos, Pedro Passos Coelho e Paulo Portas, vão levar aos respetivos Conselhos Nacionais essa posição. Ao que o DN apurou junto a fontes de ambos os partidos aprovarão textos aproximados, com os argumentos que sustentam a decisão oficial, há muito espera."Preservar e respeitar a natureza especial, suprapartidária das eleições presidenciais, será certamente um dos argumentos", sublinha uma dessas fontes. Nem um dos partidos quer comprometer a "abrangência" do eleitorado que pode ser alcançado por Marcelo e, com cautela, será também frisado que o apoio dos sociais-democratas e dos centristas "não é orgânico". PSD e CDS querem contrastar com os candidatos do PCP, do BE e mesmo do PS, para o qual as presidenciais, apesar de não ter dado indicação de voto a nenhum dos três da sua área (Henrique Neto, Maria de Belém e Sampaio da Nóvoa), são motivo de cisão interna.Esta prudência estratégica de Passos e Portas agradará certamente a Marcelo. Na entrevista, segunda-feira, à SIC, o professor e ex-comentador político, também foi cauteloso em relação aos previsíveis apoios da direita, deixando claro que os "aceita" mas que estes não "o vinculam minimamente". "Eu avancei com uma candidatura independente e um estilo diferente de candidatura presidencial. É uma campanha muito solitária, em que aceito apoios que vierem de pessoas, instituições e partidos, mas em que não vincula em nada a minha candidatura aos apoios que venha a receber", afiançou.Outro argumento que PSD e CDS vão ter em conta para justificar este apoio terá a ver com a própria dimensão do cargo de Presidente da República: "tem funções de representação externa do país e é o comandante supremo das Forças Armadas. Logo tem de acreditar e defender os compromissos de Portugal na UE e com a NATO. É estratégico para o país", será sustentado pelas estruturas partidárias.Ambos os Conselhos Nacionais realizam-se às 21 horas, o PSD num hotel de Lisboa, o CDS na sede do partido. Os sociais democratas vão marcar a data do congresso, ratificando a decisão aprovada pela Comissão Permanente do partido, que decidiu agendar essa reunião magna para 1, 2 e 3 de abril. A data não será inocente, pois nessa altura o parlamento já estará em funções há seis meses e o novo Presidente da República já pode marcar eleições. Os congressistas têm essa arma de pressão do seu lado.Na agenda dos Conselhos Nacionais há ainda outro ponto na agenda que é a discussão na situação política. Nesta matéria pode começar a haver alguns discursos a defender uma mais contundente avaliação das medidas do governo, evitando a crispação e a invocada "ilegitimidade" do executivo de António Costa.
dn