billshcot
Banido
- Entrou
- Nov 10, 2010
- Mensagens
- 16,629
- Gostos Recebidos
- 160
Este ano já foram enterradas 13 pessoas desconhecidas nos cemitérios de Lisboa, mais do que em todo o ano passado, segundo a irmandade católica que acompanha o funeral de quem não tem mais ninguém.
A 1 de Novembro, o dia serve para assinalar todos os santos, mártires e cristãos heróicos que marcam o calendário cristão, mas também para celebrar o dia dos Fiéis Defuntos.
Neste dia, recordam-se todos os que já morreram, habitualmente com visitas às campas dos familiares e entes queridos falecidos, havendo quem aproveite para deixar ramos de flores e velas nas campas.
Há, no entanto, quem, até na hora da morte, permaneça esquecido e não tenha ninguém nem no funeral nem no momento de ser recordado no dia que é de todos os que já morreram.
É nessa altura que a Irmandade da Misericórdia e de São Roque de Lisboa actua, realizando o funeral e acompanhando o corpo de quem morre nas ruas ou nos hospitais "sem terem qualquer pessoa que reclame os seus corpos ou cuja família não tem capacidade económica para pagar o seu funeral", explicou o irmão primeiro vice-provedor.
De acordo com Mário Pinto Coelho, este trabalho começou a ser feito em 2004, quando entenderam que comportar as despesas do funeral não era suficiente se estivesse em causa uma pessoa sem qualquer família.
"Consideramos que somos todos irmãos e filhos do mesmo deus e já que os irmãos de sangue não podem estar presentes, pelo menos os irmãos em espírito estão e passámos assim a estar presentes em todos os funerais", adiantou.
Dados da Irmandade mostram que nos primeiros dez meses de 2012 houve 13 pessoas enterradas de quem não se conhecia a identidade, sendo 12 homens e uma mulher. Este número é já superior a todo o ano de 2011, quando se registaram dez casos.
Mário Pinto Coelho sublinhou que entre Outubro de 2011 e Outubro de 2012 acompanharam 116 funerais, entre eles 19 de pessoas desconhecidas.
"Notou-se que este ano, mais do que nos outros anos, houve desconhecidos. O máximo que tivemos foi 12 e este ano foram já 18 homens e uma senhora, dos quais não se sabia sequer o nome e quando não sabemos o nome pomos desconhecido", explicou o irmão.
Mário Pinto Coelho não consegue explicar o porquê do aumento, sublinhando que muitas vezes nem a própria polícia sabe as razões da morte, mas aponta que muitas vezes morrem vítimas de doença ou overdose.
Desde que começou este trabalho, a Irmandade realizou 1.092 funerais, 48 nos primeiros sete meses de 2004, 107 em 2005, 146 em 2006, 142 em 2007, 157 em 2008, 194 em 2009 e 129 em 2010. Em 2011 o número cai para os 91 enterros e até Setembro deste ano foram 78.
Mário Pinto Coelho explica que a quebra nos números não reflecte uma diminuição no número de funerais, mas sim que naqueles anos de maior número, acompanhavam funerais em que os familiares acabavam por aparecer.
"O que é importante para nós é que o funeral decorre com a mesma dignidade, com os mesmos preceitos e as mesmas regras que tem qualquer outro funeral. Deixou de ser o funeral do pobre pago pela Misericórdia para ser um funeral exactamente igual a todos os outros", sublinhou.
Na quinta-feira será a última vez, até 2018, que se realiza em dia feriado a romaria aos cemitérios com que é assinalado o Dia de Todos os Santos.
A data é um dos dois feriados religiosos que desaparecem do calendário português, pelo menos durante cinco anos, na sequência do acordo entre o Governo e a Santa Sé, depois de ter sido subscrito na Concertação Social entre o Governo, associações patronais e a UGT, uma das duas centrais sindicais. O executivo admite rever a suspensão em 2018.
cm

A 1 de Novembro, o dia serve para assinalar todos os santos, mártires e cristãos heróicos que marcam o calendário cristão, mas também para celebrar o dia dos Fiéis Defuntos.
Neste dia, recordam-se todos os que já morreram, habitualmente com visitas às campas dos familiares e entes queridos falecidos, havendo quem aproveite para deixar ramos de flores e velas nas campas.
Há, no entanto, quem, até na hora da morte, permaneça esquecido e não tenha ninguém nem no funeral nem no momento de ser recordado no dia que é de todos os que já morreram.
É nessa altura que a Irmandade da Misericórdia e de São Roque de Lisboa actua, realizando o funeral e acompanhando o corpo de quem morre nas ruas ou nos hospitais "sem terem qualquer pessoa que reclame os seus corpos ou cuja família não tem capacidade económica para pagar o seu funeral", explicou o irmão primeiro vice-provedor.
De acordo com Mário Pinto Coelho, este trabalho começou a ser feito em 2004, quando entenderam que comportar as despesas do funeral não era suficiente se estivesse em causa uma pessoa sem qualquer família.
"Consideramos que somos todos irmãos e filhos do mesmo deus e já que os irmãos de sangue não podem estar presentes, pelo menos os irmãos em espírito estão e passámos assim a estar presentes em todos os funerais", adiantou.
Dados da Irmandade mostram que nos primeiros dez meses de 2012 houve 13 pessoas enterradas de quem não se conhecia a identidade, sendo 12 homens e uma mulher. Este número é já superior a todo o ano de 2011, quando se registaram dez casos.
Mário Pinto Coelho sublinhou que entre Outubro de 2011 e Outubro de 2012 acompanharam 116 funerais, entre eles 19 de pessoas desconhecidas.
"Notou-se que este ano, mais do que nos outros anos, houve desconhecidos. O máximo que tivemos foi 12 e este ano foram já 18 homens e uma senhora, dos quais não se sabia sequer o nome e quando não sabemos o nome pomos desconhecido", explicou o irmão.
Mário Pinto Coelho não consegue explicar o porquê do aumento, sublinhando que muitas vezes nem a própria polícia sabe as razões da morte, mas aponta que muitas vezes morrem vítimas de doença ou overdose.
Desde que começou este trabalho, a Irmandade realizou 1.092 funerais, 48 nos primeiros sete meses de 2004, 107 em 2005, 146 em 2006, 142 em 2007, 157 em 2008, 194 em 2009 e 129 em 2010. Em 2011 o número cai para os 91 enterros e até Setembro deste ano foram 78.
Mário Pinto Coelho explica que a quebra nos números não reflecte uma diminuição no número de funerais, mas sim que naqueles anos de maior número, acompanhavam funerais em que os familiares acabavam por aparecer.
"O que é importante para nós é que o funeral decorre com a mesma dignidade, com os mesmos preceitos e as mesmas regras que tem qualquer outro funeral. Deixou de ser o funeral do pobre pago pela Misericórdia para ser um funeral exactamente igual a todos os outros", sublinhou.
Na quinta-feira será a última vez, até 2018, que se realiza em dia feriado a romaria aos cemitérios com que é assinalado o Dia de Todos os Santos.
A data é um dos dois feriados religiosos que desaparecem do calendário português, pelo menos durante cinco anos, na sequência do acordo entre o Governo e a Santa Sé, depois de ter sido subscrito na Concertação Social entre o Governo, associações patronais e a UGT, uma das duas centrais sindicais. O executivo admite rever a suspensão em 2018.
cm