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Estudantes britânicos voltaram às ruas contra o aumento das propinas

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Esta é a terceira manifestação de estudantes britânicos contra o aumento de propinas nas universidades e juntou, hoje, terça-feira, milhares de jovens, em várias cidades do Reino Unido, provocando confrontos com a polícia.

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Estudante detido durante protesto em Londres


Nem as baixas temperaturas e a queda de neve fizeram parar os protestos dos estudantes em Londres, Manchester, Birmingham e Leeds.

Em Londres, várias centenas de manifestantes concentraram-se em Trafalgar Square, junto à coluna de Nelson, onde gritaram palavras de ordem e queimaram cartazes.

Joana Pinto, portuguesa que está a estudar ciência política em Londres, explicou à Agência Lusa que o objectivo desta manifestação é impedir que o aumento das propinas seja aprovado, no Parlamento.

Além das propinas, o movimento é contra os cortes no orçamento da Educação previstos nas medidas de austeridade impostas pelo governo.

Muitos dos participantes na manifestação não eram universitários, mas sim estudantes do ensino secundário que também se mostram receosos com o aumento das propinas sugerido pelo governo.

"Se estas medidas forem implementadas, não há qualquer hipótese, em muitos casos, de fazer o ensino secundário, quanto mais o ensino superior", reiterou Joana.

Para a estudante portuguesa "a educação não é um privilégio, é um direito", alertando, assim, para o facto de uma geração inteira correr o risco de perder a oportunidade de estudar.

Actualmente, as propinas universitárias estão limitadas a 3290 libras (3840 euros) por ano.

O governo de coligação entre conservadores e liberais democratas quer aumentar as propinas para 6 000 libras (7 000 euros) e, em alguns casos, quase chega às 9 000 libras (10 500 mil euros).

Depois de Trafalgar Square, os manifestantes reuniram-se junto a Whitehall, local onde estão os serviços do governo, e perto da residência do primeiro-ministro, em Downing Street.

Mas, uma intensa concentração policial impediu o avanço da marcha e os protestantes foram obrigados a mudar o percurso, de forma a não serem cercados, acabando por regressar ao ponto de partida.

Já num protesto semelhante, que ocorreu na passada quarta-feira, um grupo de manifestantes foi alvo de medidas de "contenção" e ficou retido durante horas, sendo que 41 pessoas foram detidas por actos violentos e confrontos com a polícia.

Para impedir situações deste género, a Campanha Nacional Contra as Propinas e Cortes disse que, desta vez, cooperou com as autoridades, mas, ainda assim, a manifestação foi bloqueada. "Estamos chocados com a agressividade da polícia", afirmou Joana Pinto.

JN
 
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