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Estudo liga distúrbio do sono a risco de demência

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Estudo liga distúrbio do sono a risco de demência

As pessoas com um tipo de transtorno de sono que faz com que fiquem bastante agitadas ou gritem quando estão dormindo "podem ter maior risco" de desenvolver doenças como Alzheimer e demência com corpos de Lewy ou Parkinson.

A afirmação consta de um estudo publicado na quarta-feira na versão digital da revista Neurology, centrada no denominado "problema de conduta do sono durante a fase REM".

As pessoas com o distúrbio não experimentam a falta de tônus muscular que normalmente ocorre durante a fase REM, conhecida como o momento no qual se sonha e quando o sonho é mais profundo. Pelo contrário, têm uma atividade muscular excessiva, que se traduz em gestos como dar socos, chutes e gritos, com os quais essencialmente representam seus sonhos.

O estudo foi feito com 93 pessoas que sofrem de transtorno do sono na fase REM e que não apresentavam sinais de doenças neurodegenerativas, como Alzheimer e demência com corpos de Lewy ou Parkinson, os quais foram acompanhados durante uma média de cinco anos.

Nesse período, 26 pessoas desenvolveram uma doença neurodegenerativa: 14 sofreram de Parkinson; 11 de demência - Alzheimer ou demência com corpos de Lewy -; enquanto uma sofreu síndrome de Shy -Drager, um raro transtorno que afeta o movimento, a pressão sanguínea e outras atividades corporais.

Todos os participantes da experiência sofriam problemas de transtorno do sono durante a fase REM de origem desconhecida, pois o distúrbio pode ter outras causas, como a narcolepsia.

Os resultados do estudo, segundo o autor, Ronald Postuma, da Universidade McGill de Montreal, podem ajudar a "entender melhor como se desenvolvem essas doenças neurodegenerativas".

Além disso, "sugerem" que pode existir uma oportunidade para se proteger frente à progressão da doença e, "talvez, inclusive preveni-la antes que os sintomas possam aparecer".



EFE
 
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